O senador Fl�vio Bolsonaro afirmou nesta ter�a-feira, 19, que as representa��es apresentadas pelo Partido Social Liberal (PSL) contra o Minist�rio P�blico fluminense foram motivadas por arbitrariedades e ilegalidades supostamente cometidas por procuradores na condu��o da investiga��o sobre a movimenta��o at�pica de R$ 1,2 milh�o em uma conta de seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio Fabr�cio Queiroz.
"Estou s� separando o joio do trigo. Pessoas do Minist�rio P�blico n�o podem manchar o nome numa situa��o t�o importante como essa, cometendo as mais absurdas ilegalidades e arbitrariedades, s� isso", declarou Fl�vio Bolsonaro � imprensa, ap�s participar da solenidade de abertura da 53� Conven��o Abras, da Associa��o Brasileira de Supermercados, no Rio.
O diret�rio do PSL do Rio de Janeiro apresentou � Corregedoria Geral do Minist�rio P�blico fluminense representa��es disciplinares contra o procurador-geral de Justi�a do Estado do Rio, Eduardo Gussem, e o promotor Cl�ucio Cardoso da Concei��o. Tanto Gussem quanto Concei��o repudiaram as acusa��es.
Um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), produzido em investiga��es da Opera��o Furna da On�a, sobre corrup��o no Legislativo fluminense, identificou as movimenta��es suspeitas realizadas de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Funcion�rios do gabinete de Fl�vio, cujo mandato de deputado estadual acabou em janeiro, faziam dep�sitos regulares para Fabr�cio Queiroz, geralmente em datas pr�ximas ao pagamento de sal�rios na Alerj. O MP suspeita da pr�tica de "rachadinha", na qual os funcion�rios repassam a maior parte ou a totalidade de seus sal�rios aos parlamentares.
Queiroz afirmou por escrito ao MP - depois de faltar a quatro depoimentos - que recolhia os sal�rios para redistribu�-los pelos funcion�rios e por outros servidores "informais", sem conhecimento de Fl�vio. O parlamentar nega irregularidades e, questionado sobre a justificativa de Queiroz ao MP, ele se recusou a responder, alegando n�o ter conhecimento sobre o assunto.
"Eu n�o conhe�o o processo dele (Queiroz), n�o posso falar sobre isso", respondeu Fl�vio Bolsonaro.
As representa��es do PSL contra o MP foram assinadas por nove deputados federais e oito estaduais, al�m do pr�prio Fl�vio. Os documentos acusam Gussem e Concei��o de praticar "sistem�tica e recorrente antecipa��o e divulga��o p�blica de informa��es sigilosas sob seu dom�nio"; instituir "processo penal 'paralelo' operado na m�dia com o claro objetivo de comprometer a reputa��o de pessoa presumida inocente" (o atual senador Fl�vio Bolsonaro); de promover "indevida e il�cita espetaculariza��o" da investiga��o; e de "afronta a garantias constitucionais, manchando e jogando em lama�al inescrupuloso a imagem do Minist�rio P�blico".
Os integrantes do MP s�o acusados de cometer seis irregularidades: "neglig�ncia no exerc�cio de suas fun��es", "descumprimento de dever funcional", "infring�ncia de veda��o", "procedimento reprov�vel", "conduta que denotou desrespeito �s leis vigentes e � pr�pria institui��o" e "revela��o de segredo que detinha em raz�o do cargo". O partido requer que seja instaurado procedimento para que Gussem e Concei��o respondam por essas condutas.
POL�TICA