A pris�o do ex-presidente Michel Temer pela Opera��o Lava Jato do Rio de Janeiro trouxe de volta �s manchetes o nome de Jo�o Batista Lima Filho, o coronel Lima, amigo de Temer que � apontado como o principal intermedi�rio do ex-presidente para recebimento de propinas e que tamb�m foi alvo de mandado de pris�o.
Temer e Coronel Lima s�o amigos h� mais de 30 anos e se conheceram quando o ex-presidente foi secret�rio de Seguran�a P�blica em S�o Paulo, nos anos 1980, durante o governo de Andr� Franco Montoro.
Lima, um coronel reformado da Pol�cia Militar de S�o Paulo, � visto pela Pol�cia Militar como o respons�vel pela cria��o de uma "engenharia" para o recebimento de propinas supostamente em nome de Temer. Citado por delatores em diferentes investiga��es, ele tem uma rela��o pessoal com Temer. As suspeitas sobre as opera��es entre o policial militar da reserva e o ex-presidente envolvem familiares dos dois.
A a��o que resultou na pris�o de Temer � decorrente da Opera��o Radioatividade, que apurou crimes de forma��o de cartel e pr�vio ajustamento de licita��es, al�m do pagamento de propina a empregados da Eletronuclear. Ap�s decis�o do Supremo Tribunal Federal, o caso foi desmembrado e remetido � Justi�a Federal do Rio de Janeiro.
O inqu�rito que mira Temer e seus aliados tem como base as dela��es do empres�rio Jos� Antunes Sobrinho, ligado � Engevix. Sobrinho foi um dos primeiros a citar o coronel Lima em depoimento a investigadores. Ele disse ter pago ao coronel pelo menos R$ 1 milh�o que iriam para campanhas de Temer.
Tamb�m h� suspeitas sobre Lima relacionadas � JBS. Ricardo Saud, diretor da empresa, disse em dela��o que Temer pediu que R$ 1 milh�o em esp�cie fosse entregue na empresa do coronel em 2014. Saud afirmou tamb�m que o dinheiro fazia parte de um acordo para pagar um total de R$ 15 milh�es ao MDB, mas que Temer "roubou dele mesmo" ao pegar o dinheiro por fora.
Al�m disso, h� a suspeita de que Lima tamb�m atuava resolvendo pend�ncias financeiras de Temer. Um desses casos � o da reforma da casa de uma das filhas do ex-presidente, Maristela de Toledo Temer Lulia, que chegou a admitir que o coronel "deu uma ajuda" por "camaradagem" em uma reforma em sua casa. A rela��o com o coronel foi descrita como "quase familiar".
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