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Estado de Minas POL�TICA

Pris�o de Temer ocorre com Lava Jato acuada e sob reveses


postado em 22/03/2019 08:11

A pris�o do ex-presidente Michel Temer no momento em que a Lava Jato est� sob ataque serviu como um recado dos investigadores de que ainda h� muito trabalho pela frente. Temer � o segundo ex-presidente a ser preso em menos de um ano. O petista Luiz In�cio Lula da Silva completa um ano encarcerado em abril.

Desde o in�cio do ano, a Lava Jato sofreu v�rios reveses. O mais recente foi a decis�o do Supremo Tribunal Federal de enviar � Justi�a Eleitoral casos de crimes de corrup��o quando associados a caixa 2. No mesmo dia, integrantes da for�a-tarefa em Curitiba, ber�o das investiga��es, se tornaram alvo de inqu�rito do STF por cr�ticas � decis�o.

Al�m de mostrar que, cinco anos depois, a opera��o ainda tem trabalho a fazer, o recado, segundo estes investigadores, � de que o foco da opera��o ainda � a classe pol�tica. Assim que assumiu o cargo de ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro estipulou como uma de suas metas para os primeiros cem dias o refor�o da Pol�cia Federal das for�as-tarefa da Lava Jato em S�o Paulo, Curitiba, Bras�lia e no Rio de Janeiro.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o superintendente da PF no Paran�, o delegado Luciano Flores, afirmou na semana passada que a meta � ter ao menos uma opera��o por m�s. Essa a��es devem mirar, entre outros, pol�ticos antes investigados pelo STF e que agora, sem foro, ser�o alvo da for�a-tarefa liderada pelo procurador Deltan Dallagnol.

"Quando todos imaginavam que ela (Lava Jato) estaria em fase de decl�nio, terminando, na verdade est� com um bom planejamento para este ano, para ter pelo menos uma fase por m�s. N�s temos material para isso", disse Flores uma semana antes da pris�o de Temer.

Na avalia��o de interlocutores de Moro, a a��o desta quinta-feira, 21, tamb�m servir� para dar for�a ao seu pacote anticorrup��o apresentado no m�s passado ao Congresso. O ex-juiz � o principal s�mbolo da opera��o, mas, desde que assumiu o cargo pol�tico, tem acumulado derrotas.

Pacote

A tramita��o de seu projeto foi "travada" nesta semana pelo presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que decidiu s� coloc�-lo em discuss�o ap�s a aprova��o da reforma da Previd�ncia. Na quarta-feira, 20, ap�s ser cobrado por Moro, Maia reagiu com cr�ticas ao ministro, o acusando de desrespeitar acordos e desqualificando o texto.

Com a Lava Jato novamente no centro do debate, Moro conta com apoiadores de partid�rios de Bolsonaro nas redes sociais para vencer o cabo de guerra com Maia. Em nota divulgada ap�s as declara��es o presidente da C�mara, o ministro enfatiza o "anseio popular" pelo endurecimento da legisla��o. "Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro n�o aguenta mais", afirma. A mensagem foi compartilhada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Um dos sinais de que Moro pretende explorar essa press�o � o fato de o minist�rio ter divulgado nota nesta quinta-feira sobre a pris�o, algo inusual. O pr�prio ministro j� disse que n�o cabe ao Minist�rio da Justi�a comentar.

Maia, por�m, n�o fala sozinho. Muitos parlamentares enxergam o ex-juiz como respons�vel por "demonizar" a atividade pol�tica e v�o dificultar a aprova��o do pacote. Um deputado disse que a ideia � "mostrar a Moro que ele agora � s� mais um dos 600 pol�ticos que trabalham em Bras�lia". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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