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Estado de Minas

''N�o fomos acusados de nada do que os outros foram acusados'', diz Bolsonaro

Em encontro com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro faz balan�o dos primeiros meses de governo, demonstra desapego ao cargo e diz que "est� faltando gest�o" no MEC


postado em 06/04/2019 06:00 / atualizado em 06/04/2019 09:09

Acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o presidente demonstrou descontração e brincou algumas vezes ao falar com representantes de jornais e TVs, no Palácio do Planalto (foto: Marcos Moura/PR)
Acompanhado do ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, o presidente demonstrou descontra��o e brincou algumas vezes ao falar com representantes de jornais e TVs, no Pal�cio do Planalto (foto: Marcos Moura/PR)

Bras�lia – “Presidente, o senhor completa cem dias � frente do governo na pr�xima semana. Qual foi o dia mais tenso?” Jair Bolsonaro, presidente da Rep�blica, ri e murmura: “Mais tenso, mais tenso...” Diante do chefe, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responde, antes de mais um gole do insepar�vel chimarr�o: “A gente paga um pre�o por estarmos todos aprendendo”.

Durante caf� da manh� com jornalistas dos principais jornais e tev�s do pa�s (e a apresentadora Luciana Gimenez), no terceiro andar do Pal�cio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou descontra��o. E desapego. Quase no fim do encontro de uma hora, o Estado de Minas quis saber de Sergio Moro, apontado antes das elei��es como um dos homens p�blicos mais populares do pa�s pela atua��o na Lava-Jato, se o ministro gostaria de ocupar o �nico lugar da mesa onde havia uma pequena c�mera � frente para registro das falas presidenciais. Antes de o ministro da Justi�a responder (“Tem de ser um pouco louco”), Bolsonaro se antecipa e pergunta: “Quer trocar, Moro?”. Risos do ministro, dos jornalistas e do presidente, que complementa: “Eu disse na campanha que, em janeiro, ou estaria aqui nesta cadeira ou na praia. Me dei mal”. Mais risos. (Horas depois, em evento com servidores do Planalto, o presidente chegou a dizer, tamb�m em tom de brincadeira: “N�o nasci para ser presidente, e sim militar.”)


Al�m dos titulares da Casa Civil e Justi�a, Jair Bolsonaro estava acompanhado de tr�s generais ministros: o porta-voz, Ot�vio do R�go Barros, o secret�rio-geral da Presid�ncia, Floriano Peixoto, e o chefe do gabinete de Seguran�a Institucional, Augusto Heleno (“Nosso guru”, como definiu Lorenzoni). Bolsonaro revelou que far�, na pr�xima semana, uma exposi��o dos pontos que considera mais importantes dos primeiros 100 dias de seu governo. Provocado a eleger a marca do in�cio de seu mandato, ele respondeu: “A transpar�ncia”. Fez uma pausa: “Tamb�m a escolha de ministros s�rios”. Depois de outra pausa, encerrou com uma frase de efeito: “N�o fomos acusados de nada do que os outros foram acusados”.

Muitas vezes, durante o caf� da manh� (�gua, suco de laranja, p�o de queijo, biscoito de queijo e bolo de coco), um ministro complementava as respostas do presidente; se o assunto eram as articula��es com o Congresso Nacional, Lorenzoni tomava a iniciativa. Supostas diverg�ncias entre os militares no Planalto? Assunto para Heleno comentar. E de forma incisiva: “Tentam criar brigas para nos desunir, mas podem perder a esperan�a. Somos amigos h� 40 anos. N�o existe esse tro�o de ala militar”.

Para o balan�o dos 100 dias, por�m, foi Sergio Moro quem tomou a palavra para enaltecer uma iniciativa do “mais importante” dos minist�rios, na avalia��o de Bolsonaro: o da Economia. “O governo apresentou uma reforma consistente da Previd�ncia, e isso n�o � trivial”, destacou o titular da Justi�a, antes de citar o pacote anticrime e outras medidas no �mbito de seu minist�rio – como a reestrutura��o das equipes da Pol�cia Federal e da Lava-Jato que, segundo Moro, “nos bastidores, ia se esvaziando”.

O presidente parecia bem � vontade durante o encontro com jornalistas. Brincou na hora de fazer fotos com o grupo reunido: “Voc�s v�o se queimar, hein?”. Respondeu tudo que lhe foi perguntado. Ou quase tudo. Silenciou apenas depois da seguinte quest�o: “O senhor est� satisfeito com o desempenho do ministro V�lez?”. Mas deu pistas em rela��o ao destino do titular do MEC. “� uma boa pessoa, de cora��o grande, muito bom pra conversar. Mas n�o t� dando certo. T� faltando gest�o. At� segunda-feira isso vai estar resolvido.”

Jogo r�pido

Redes sociais 1
“O que sai l� � de minha responsabilidade. Quem tem a senha eu tenho confian�a”

Redes sociais 2
“O que o meu filho posta � responsabilidade dele. Agora, redes sociais � liberdade total. Ali n�o � na canela, � do pesco�o pra baixo”

BNDES
“Cobrei do (Joaquim, ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff) Levy transpar�ncia total no BNDES. O que foi feito no passado tem que se tornar p�blico”

Encontros com l�deres partid�rios
“N�o se falou a palavra ‘cargo’. Ningu�m pediu cargo. E os encontros foram muito positivos: at� com o Alckmin, que me deu umas caneladas durante a campanha (eleitoral). Caneladas, n�o; foram agulhadas, mesmo”

Paulo Guedes
“O ministro mais importante do momento � o da Economia”

Toma l� d� c�
“N�o tem isso. O que acontece � que muitas vezes os parlamentares t�m pedidos simples, como verificar o andamento de um determinado processo, e isso n�o tem problema de se fazer”

Situa��o do MEC
“T� faltando gest�o. Quem vai decidir sou eu. T� decidido”

Economia
“J� falei que eu n�o entendo de economia. Mas quem afundou o Brasil foram os economistas, n�o fui eu”


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