A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, e o procurador-geral da Su��a, Michael Lauber, assinaram nesta segunda-feira, 8, em Bras�lia, um compromisso para fortalecer o interc�mbio de informa��es e a coopera��o entre os dois pa�ses em mat�ria criminal, principalmente para auxiliar em investiga��es relacionadas ao combate � corrup��o e lavagem de dinheiro, como � o caso da Lava Jato. Os pa�ses j� s�o parceiros, tendo a Su��a colaborado nas apura��es da Lava Jato desde 2014. Segundo Raquel, o acordo assinado nesta segunda-feira reafirma as bases de coopera��o e � importante para a manuten��o da transfer�ncia de informa��es entre os dois pa�ses.
"O crime de lavagem e corrup��o � transnacional. N�o podemos ficar confinados dentro do Pa�s", apontou Raquel, que destacou que a coopera��o jur�dica com a Su��a � a mais importante entre as parcerias internacionais, uma vez que o pa�s foi o destino de significativos montantes desviados e apurados na Lava Jato. Lauber, da Su��a, afirmou que o acordo � uma forma de enfatizar a import�ncia da coopera��o entre os dois pa�ses.
No evento, a PGR tamb�m divulgou a ferramenta rec�m inaugurada de monitoramento das colabora��es fechadas no �mbito da PGR, que permite o acompanhamento integral dos acordos de dela��o. De acordo com a procuradoria, 17 colaboradores relataram fatos ocorridos na Su��a - casos que envolvem multas de cerca de R$ 190 milh�es. O sistema, que n�o � aberto ao p�blico, mostra que a maior parte dos investigados (70,8%) que firmaram acordo de colabora��o premiada com a PGR � empres�rio. Os pol�ticos representam 2,3% do total.
Coopera��o
Presente no evento, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, relembrou dos tempos de atua��o como juiz federal da Opera��o Lava Jato para destacar o papel da coopera��o internacional jur�dica entre Brasil e Su��a nas investiga��es. Para o ministro, a Lava Jato n�o teria os resultados alcan�ados sem a coopera��o entre os dois pa�ses, citando como exemplo as investiga��es contra o ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha e contra o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
"N�o estarei mentindo que, se n�o fosse a coopera��o com as autoridades da Su��a, seria imposs�vel que tiv�ssemos tido a Opera��o Lava Jato", disse Moro. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), tamb�m estava presente. Fux afirmou que a coopera��o jur�dica internacional "revela para o delinquente que � muito maior o preju�zo do que o benef�cio com a pr�tica de um delito transnacional". "Hoje em dia, n�o h� mais essa ideia de que o segredo � a alma do neg�cio nos crimes transnacionais", assinalou o vice-presidente da Suprema Corte.
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