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Estado de Minas POL�TICA

Villas B�as reage a Olavo e exp�e tens�o dos militares


postado em 07/05/2019 11:30

Ex-comandante do Ex�rcito e atual assessor especial do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), o general Eduardo Villas B�as entrou nesta segunda-feira, 6, em campo para acalmar a tropa, incomodada com as cr�ticas do escritor Olavo de Carvalho aos militares. O alvo mais recente � o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, xingado por Olavo nas redes sociais.

"Ele (Olavo) passou do ponto, agindo com total desrespeito aos militares e �s For�as Armadas", disse Villas B�as ao jornal O Estado de S. Paulo. "�s vezes, ele me d� a impress�o de ser uma pessoa doente, que se arvora com mandato para querer tutelar o Pa�s." (mais informa��es na p�g. A6). Antes, nas redes sociais, o general chamou Olavo de "verdadeiro Trotski de direita", sob o argumento de que ele age para "acentuar as diverg�ncias nacionais".

Mensagens trocadas em grupos de WhatsApp formados por militares - principalmente generais - tamb�m expuseram, nos �ltimos dias, o inconformismo da caserna com os ataques do guru ideol�gico do presidente Jair Bolsonaro �s For�as Armadas. Os principais alvos de Olavo s�o Santos Cruz e o vice-presidente, general Hamilton Mour�o, classificado pelo escritor como "charlat�o desprez�vel".

Em uma das conversas de WhatsApp a que o Estado teve acesso, militares dizem que o escritor tem "planos bem concretos" para uma mudan�a do cen�rio pol�tico. "Os ataques sistem�ticos e coordenados sobre os militares do governo Bolsonaro v�o ao encontro deste objetivo, que � dividir a direita para criar a extrema-direita. Desde o ano passado, Olavo vem se reunindo com Steve Bannon, que � considerado o mentor do plano", escreveu um oficial, em refer�ncia ao ex-estrategista do presidente Donald Trump e um dos respons�veis pela ret�rica nacionalista que fez o republicano chegar � Casa Branca.

Nos bastidores, militares com assento no primeiro escal�o j� se mostram apreensivos com o que definem como "falta de pulso" de Bolsonaro para enquadrar os filhos e seu amigo escritor, que vive nos Estados Unidos. A portas fechadas, muitos dizem que a situa��o chegou "no limite" e s� n�o deixam o governo com receio do que pode acontecer no Pa�s.

A gota d'�gua para a rea��o de Villas B�as ocorreu no domingo, depois que Bolsonaro publicou post no Twitter dizendo que, em seu governo, "a chama da democracia ser� mantida sem qualquer regulamenta��o da m�dia, a� inclu�das as sociais". A mensagem foi interpretada como uma estocada contra Santos Cruz, que prega cautela no uso das redes sociais, para evitar distor��es, e a melhoria da lei que disciplina o tema.

"Controlar a internet, Santos Cruz? Controlar a sua boca, seu m...", escreveu Olavo. No mesmo domingo, � noite, o ministro foi conversar com Bolsonaro, no Pal�cio da Alvorada. A reportagem apurou que ele expressou ali sua indigna��o e obteve a garantia de que isso n�o continuar� assim.

Villas B�as disse nesta segunda, no Twitter, que "o senhor Olavo de Carvalho" tem um "vazio existencial" e demonstra total falta de respeito e mod�stia. "A escolha dos militares como alvo � compreens�vel por sua impot�ncia diante da solidez dessas institui��es e a incapacidade de compreender os valores e princ�pios que as sustentam."

Olavo publicou, em seguida, pelo menos 13 su�tes sobre o assunto. No Facebook, o escritor postou v�deo no qual Villas B�as elogia a escolha de Aldo Rebelo (ex-PCdoB e hoje no Solidariedade) para ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, em 2015, insinuando que o general est� alinhado ao comunismo.

A queda de bra�o com os militares tamb�m reflete a disputa pelos rumos do governo. A Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia (Secom), subordinada a Santos Cruz, est� sob o comando do empres�rio F�bio Wajngarten, que conta com a simpatia de Olavo e do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente.

Bolsonaro participar� nesta ter�a-feira de reuni�o administrativa no QG do Ex�rcito com comandantes das For�as Armadas e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Na semana passada, o presidente condecorou Olavo e Mour�o com a Ordem do Rio Branco no grau de Gr�-Cruz. Trata-se da mais alta homenagem diplom�tica, destinada a reconhecer "servi�os ou m�ritos excepcionais" prestados ao Pa�s.

'Um time s�'

Bolsonaro tratou como "coisas pequenas" o embate dentro do seu governo entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Segundo o presidente, n�o existem dois times opostos na administra��o federal.

"De acordo com a origem do problema, a melhor resposta � ficar quieto. Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil. Aqueles que porventura n�o t�m tato pol�tico est�o pagando o pre�o junto � m�dia", afirmou ele nesta segunda ap�s ser questionado sobre o troca de ataques entre Olavo, guru do bolsonarismo, e o ministro Santos Cruz durante o fim de semana. "N�o existe grupo de militares e de Olavo aqui. Somos um time s�", afirmou Bolsonaro. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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