
O ex-deputado Carlos Marun (MDB/MS) chegou na manh� desta sexta-feira, 10, � sede da Superintend�ncia Regional da Pol�cia Federal em S�o Paulo, no bairro da Lapa, para conversar com o ex-presidente Michel Temer, de quem � antigo aliado e foi ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Temer est� preso desde quinta-feira, 9, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2.ª Regi�o (TRF-2) no �mbito da Opera��o Descontamina��o, desdobramento da Lava-Jato que atribui a ele o papel de l�der de organiza��o criminosa para desvios de R$ 1,8 bilh�o ao longo de 30 anos - crimes que o ex-presidente nega taxativamente.
O ex-presidente ocupa uma sala especial no 9.º andar da sede da PF em S�o Paulo, pr�ximo ao gabinete do superintendente regional. A autoriza��o para Temer ficar preso em S�o Paulo foi dada pelo desembargador Abel Gomes, do TRF-2.
Marun foi a Temer na condi��o de advogado - sexta n�o � dia de visitas. Na entrada da PF ele exibiu sua carteira da OAB.
Quando Temer foi preso pela primeira vez na Descontamina��o, em 21 de mar�o, Marun tamb�m foi ao ex-presidente, ent�o recolhido em uma sala especial na PF do Rio.
Na ocasi�o, Temer ficou preso quatro dias. No dia 25 de mar�o, foi solto por ordem liminar do desembargador Ivan Athi�, do TRF-2.
Na �ltima quarta-feira, 8, a Turma Especializada da Corte, por dois votos a um, cassou a liminar de Athi� e acolheu recurso do Minist�rio P�blico Federal, restabelecendo o decreto de pris�o preventiva de Temer, imposto pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, na investiga��o sobre supostos desvios em contratos da usina de Angra 3.
O colegiado tamb�m mandou prender o coronel Jo�o Baptista Lima Filho, o coronel Lima. Ele est� no Pres�dio Militar Rom�o Gomes, na zona Norte de S�o Paulo.
O criminalista Eduardo Carnel�s, defensor do ex-presidente, entrou com pedido de habeas no Superior Tribunal de Justi�a. O habeas ser� julgado na ter�a, 14, pelos ministros da Sexta Turma do STJ, sob relatoria de Saldanha Palheiro. "A pris�o do ex-presidente � injusta e cruel", protesta Carnel�s.
O criminalista Maur�cio Silva Leite, defensor do coronel Lima, informou que tamb�m vai recorrer ao STJ.