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Estado de Minas POL�TICA

Para Maia, Moro tem demonstrado capacidade pol�tica maior do que outros ministros


postado em 13/05/2019 21:10

O presidente da C�mara, Rodrigo Maia, elogiou nesta segunda-feira, 13, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, por estar "fazendo pol�tica". Maia aproveitou para sugerir que h� problemas na articula��o do governo com o Congresso, ao dizer que Moro tem demonstrado capacidade pol�tica maior do que outros ministros de quem "se esperava mais".

Sobre a poss�vel indica��o do ministro para uma cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da C�mara disse que foi sanada a d�vida sobre o poss�vel compromisso do presidente Jair Bolsonaro para atrair Moro ao governo: "Pelas palavras do presidente, esse acordo foi constru�do antes de ele tomar posse e � um direito dele".

No final de semana, Bolsonaro afirmou que espera cumprir o "compromisso" e indicar Moro ao STF. A pr�xima cadeira a vagar na Corte ser� a do decano, Celso de Mello, daqui a um ano e meio. Ap�s a fala de Bolsonaro, especialistas apontaram que a antecipa��o do nome ao STF pode enfraquecer o ministro, que precisar� se submeter com muita anteced�ncia ao processo de beija-m�o dos senadores para ser aprovado na sabatina.

Maia disse que a fala de Bolsonaro "nem fortalece e nem atrapalha" o trabalho de Moro. "� uma quest�o que foi colocada antes. Ele ia ser ministro (da Justi�a) depois estava automaticamente convidado pra ser ministro do STF, � um direito do presidente", afirmou Maia, que disse ainda que Moro tem "todas as qualidades para ser ministro do Supremo". Hoje, Moro negou que tenha acertado com Bolsonaro a indica��o ao STF como condi��o para integrar o governo.

Tamb�m em Nova York, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que h� "uma longa travessia" at� o momento de Bolsonaro eventualmente indicar Moro ao STF. "O pr�prio Moro falou que no momento do convite, se ainda houver o convite, ele tamb�m vai se manifestar se aceita ou n�o", disse.

"N�o posso emitir ju�zo de valor se � ou n�o adequado indicar para esse posto (de ministro do STF). O presidente acha que (ele) �, brasileiros acham que (ele) � qualificado, mas isso � um debate para daqui a um ano e meio. Temos que decidir hoje no Brasil o que faremos com o Brasil hoje, as reformas, especialmente a reforma da previd�ncia", afirmou Alcolumbre.

Na semana passada, Moro teve uma derrota no Congresso, com a volta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Minist�rio da Economia. O sinal de que pode indicar o ex-juiz da Lava Jato ao STF foi entendido como uma tentativa de afago ao ministro, depois de o governo n�o ter atuado junto aos parlamentares para garantir a vit�ria de Moro. Para Maia, Moro mostrou boa interlocu��o com o Congresso, a despeito de ter perdido o controle sobre o Coaf.

"A pol�tica tem que olhar o ministro Moro, hoje, de outra forma. O que ele fez na semana passada, mesmo tendo resultado desfavor�vel, foi fazer pol�tica. A gente est� reclamando muito que o governo n�o faz pol�tica, e esse ministro, por mais que alguns tenham restri��o ou n�o a ele, ele fez pol�tica, tem feito pol�tica, tem ido � C�mara, ao Senado, procurou todos os deputados e senadores da comiss�o para pedir voto para aquilo que ele acreditava. N�o venceu, mas mostrou que respeita as institui��es e o sistema democr�tico", afirmou Maia.

Nomea��o para o STF

O presidente da C�mara disse ainda que a defini��o de um nome para a futura cadeira do STF "restringe a capacidade" de o Congresso fazer movimentos para alterar o sistema de indica��o � Corte, como uma nova amplia��o na idade para aposentadoria compuls�ria - hoje de 75 anos.

"Ele tem demonstrado uma capacidade pol�tica que talvez muitos ministros que a gente esperava mais n�o t�m conseguido fazer", disse Maia. Para ele, o Brasil n�o perdeu com a passagem do Coaf para o guarda-chuva do Minist�rio da Economia. "O Coaf continua cumprindo as mesmas atribui��es que cumpre hoje e que nunca teve nenhuma ila��o de problema", afirmou, ap�s sair de um encontro com investidores estrangeiros no Bank of America, em Nova York.

Maia e Alcolumbre participaram de almo�o com investidores, como parte de uma agenda paralela sobre Brasil ao evento organizado anualmente pela C�mara de Com�rcio Brasil-Estados Unidos, que vai homenagear o presidente Bolsonaro como "personalidade do ano". O presidente do STF, Dias Toffoli, tamb�m participou do evento, assim como o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria.

At� o in�cio do m�s, antes de Bolsonaro cancelar a previs�o de viagem a Nova York, organizadores dos eventos previam a participa��o do presidente e de ministros do alto escal�o, como Paulo Guedes (Economia). Bolsonaro cancelou a viagem � cidade que faria nesta semana ap�s protestos contra a homenagem que receberia da C�mara de Com�rcio Brasil-Estados Unidos.

Parte das cr�ticas veio do prefeito da cidade, Bill De Blasio. A premia��o em Nova York ainda foi alvo de boicote de ativistas ligados � causa ambiental e aos direitos LGBTQ. Primeiro, a C�mara teve dificuldade em achar um lugar que aceitasse sediar o jantar de gala. Depois, pelo menos tr�s empresas decidiram deixar de patrocinar o evento.

Maia afirmou que a aus�ncia dos representantes do governo n�o � prejudicial ao Brasil. "A aus�ncia deles em um evento n�o � a aus�ncia deles na agenda. O que n�o pode � ter aus�ncia na agenda. Aqui, em Dallas, em Bras�lia, ou S�o Paulo, eles v�o continuar defendendo (a agenda) e os investidores sabem disso", afirmou Maia. Ele e Alcolumbre falaram, no evento, sobre a import�ncia de aprovar a reforma da previd�ncia. Segundo o presidente da C�mara, a presen�a de Toffoli no almo�o mostra que as institui��es brasileiras est�o fortes e que o STF vai respaldar o que for aprovado pelo legislativo.


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