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Estado de Minas POL�TICA

Alvos do MP-Rio assessoraram Bolsonaro


postado em 16/05/2019 11:30

Oito alvos da quebra de sigilo banc�rio e fiscal na investiga��o que mira o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) j� trabalharam no gabinete de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, quando este era deputado federal, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Os nomes, que incluem uma irm� e uma prima de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, aparecem em decis�o do juiz Fl�vio Itabaiana de Oliveira Nicolau, de 24 de abril, que listou 95 pessoas e empresas na investiga��o. Todos ter�o os dados banc�rios e fiscais abertos a pedido do Minist�rio P�blico.

Os dados liberados por ordem da Justi�a ser�o analisados em procedimento criminal do Minist�rio P�blico do Rio para apurar suspeita de "rachadinha", a pr�tica de repasse de parte do sal�rio de servidores para o pr�prio pol�tico que os empregou.

Al�m de familiares da ex-mulher, na lista de ex-assessores do hoje presidente que tiveram quebra de sigilo est� Nathalia Queiroz. Ela � filha de Fabr�cio Queiroz, que oficialmente trabalhava como motorista de Fl�vio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Como o Estado mostrou, Queiroz aparece em lista do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por ter movimentado em sua conta, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, R$ 1,2 milh�o - valor incompat�vel com sua renda. Ele recebia na sua conta dep�sitos de colegas de gabinete, muitas vezes poucos dias ap�s o pagamento dos sal�rios na Casa.

Queiroz nega irregularidades - diz que recolhia os sal�rios para redistribu�-los e contratar informalmente mais assessores -, mas faltou a depoimentos no MPE.

Tamb�m integra a rela��o Fernando Nascimento Pessoa, que atuava como advogado da fam�lia Bolsonaro enquanto ocupava cargo no gabinete de Fl�vio na Alerj. Ele tamb�m trabalhou com o hoje presidente quando este era deputado federal.

Assessores

Um levantamento feito pelo Estad�o Dados, com base em documentos obtidos por meio da Lei de Acesso � Informa��o, mostra que a fam�lia Bolsonaro manteve, em quase tr�s d�cadas de vida parlamentar, a pr�tica de alternar a contrata��o de funcion�rios entre seus gabinetes na C�mara, em Bras�lia, na Alerj e na C�mara Municipal da capital fluminense.

Ao todo, 30 pessoas j� passaram por mais de um gabinete de Jair Bolsonaro ou dos tr�s filhos que t�m atua��o pol�tica: Fl�vio (que era deputado estadual no Rio), Eduardo (deputado federal por S�o Paulo) e Carlos (vereador no Rio).

Apesar de ser o filho que entrou h� menos tempo na vida p�blica, Eduardo � quem compartilha o maior n�mero de servidores com o pai. Foram doze pessoas, em menos de quatro anos e meio de mandato como parlamentar. Carlos e Fl�vio empregaram, respectivamente, nove e oito funcion�rios que passaram pelo gabinete do pai Um deles, Nelson Alves Rabello, foi a �nica pessoa que passou pelas assessorias de tr�s integrantes da fam�lia - e tamb�m teve sigilo banc�rio quebrado nesta semana.

Procurada, a assessoria de Fl�vio repetiu manifesta��o feita na segunda-feira, quando reagiu � quebra de sigilo. "O meu sigilo banc�rio j� havia sido quebrado ilegalmente pelo MP-RJ, sem autoriza��o judicial. Tanto � que informa��es detalhadas e sigilosas de minha conta banc�ria, com identifica��o de benefici�rios de pagamentos, valores e at� horas e minutos de dep�sitos, j� foram expostas em rede nacional ap�s o chefe do MP-RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos. Somente agora, em maio de 2019 tentam uma manobra para esquentar informa��es il�citas, que j� possuem h� v�rios meses", diz nota.

A Presid�ncia da Rep�blica informou que n�o iria se pronunciar sobre o caso. J� o advogado Paulo Klein, que representa a fam�lia Queiroz, informou que n�o v� nenhum problema no fato de Nathalia ter trabalhado com Fl�vio e Bolsonaro e que n�o h� prova de nenhuma irregularidade. "Quem tem que provar que houve crime � a acusa��o e n�o a defesa fazer prova negativa". A reportagem n�o conseguiu localizar os demais citados.

Gabinete

Policiais Militares s�o investigados pelo Minist�rio P�blico do Rio sob a acusa��o de terem fraudado duplamente o Estado. Primeiro, como funcion�rios fantasmas do gabinete do ent�o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro, eles receberiam gratifica��es que seriam repassadas a Fabr�cio Queiroz. Ao mesmo tempo, deixariam de trabalhar na seguran�a das ruas, mas receberiam sal�rios como policiais.

"(...) De forma que a atividade de seguran�a p�blica estadual, j� t�o carente de recursos humanos e financeiros, foi diretamente prejudicada pelo afastamento de mais um Policial Militar que deveria estar protegendo a popula��o nas ruas, mas, em troca de repassar parte da gratifica��o de assessor, ganhou de fato 'f�rias pernamentes' travestidas de cess�o � Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro)", escreveram os promotores do Grupo de Atua��o Especializada de Combate � Corrup��o.

Documento do GAECC cita dois PMs e nomeia outro cinco funcion�rios de Fl�vio Bolsonaro - que nega as irregularidades - sobre os quais os promotores acharam ind�cios de serem funcion�rios fantasmas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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