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Estado de Minas POL�TICA

Marco Aur�lio: Bolsonaro foi infeliz ao chamar manifestantes de 'idiotas �teis'

Na avalia��o do ministro do Supremo, as manifesta��es "comp�em a democracia"


postado em 16/05/2019 15:38 / atualizado em 16/05/2019 16:27

(foto: Carlos Moura/SCO/STF )
(foto: Carlos Moura/SCO/STF )
O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 16, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu uma declara��o "infeliz" ao chamar de "idiotas �teis" e "massa de manobra" manifestantes que organizaram na �ltima quarta-feira, 15, uma s�rie de protestos contra os contingenciamentos do governo na educa��o b�sica e no ensino superior.

"A qualifica��o que ele fez (dos manifestantes) foi infeliz, como foi infeliz tamb�m a divulga��o da problem�tica do Moro (envolvendo uma futura indica��o para o Supremo Tribunal Federal). O exemplo vem de cima. A urbanidade, a respeitabilidade vem de cima", disse Marco Aur�lio a jornalistas, ao chegar para a sess�o plen�ria do Supremo nesta tarde.

Na �ltima quarta-feira, ao chegar em Dallas, nos Estados Unidos, Bolsonaro criticou os manifestantes. "Se voc� perguntar a f�rmula da �gua, n�o sabe, n�o sabe nada. S�o uns idiotas �teis que est�o sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que comp�e o n�cleo das universidades federais", disse o presidente na ocasi�o.

Na avalia��o do ministro do Supremo, as manifesta��es "comp�em a democracia".

"Eu me lembro que uma vez eu fui o relator de um mandado de seguran�a em que o governador do Distrito Federal proibiu manifesta��es ruidosas na Pra�a dos Tr�s Poderes. A� eu citei at� um grande jurista baiano, Caetano Veloso, 'atr�s do trio el�trico s� n�o vai quem j� morreu'. Uma manifesta��o como se fosse um vel�rio? Manifesta��o � quando alguma coisa n�o vai bem e � um direito da sociedade, do povo se manifestar. N�s administradores, homens p�blicos � que temos que rever o que est� sendo feito", comentou o ministro.

Procurado, o Pal�cio do Planalto ainda n�o se manifestou sobre as declara��es de Marco Aur�lio.


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