A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, sinalizou estar dispon�vel a continuar no cargo caso seja um desejo do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. Raquel j� anunciou que n�o se candidatar� � reelei��o, mas explicou neste s�bado a jornalistas que se fosse indicada por Bolsonaro, teria uma posi��o "bastante tranquila".
"Continuo a servi�o da minha institui��o e do meu Pa�s", afirmou, ap�s participar em Londres do Brazil Forum UK, congresso anual realizado por estudantes brasileiros da London School of Economics (LSE) e da Universidade de Oxford. O momento atual, segundo ela, � a de respeitar a decis�o que ser� tomada e que de acordo com Raquel, seja boa para o Pa�s.
A Associa��o Nacional dos Procuradores da Rep�blica (ANPR) encerrou na �ltima quarta-feira (15) o prazo para integrantes do Minist�rio P�blico se inscreverem como candidatos ao cargo de procurador-geral da Rep�blica e Raquel n�o se candidatou. Seu mandato atual termina em setembro.
Indicada para o cargo em 2017 pelo ent�o presidente Michel Temer, Raquel Dodge poder� ser reconduzida para um novo mandato de dois anos caso seja indicada por Bolsonaro, j� que o presidente n�o � obrigado a escolher algum dos nomes dos candidatos. A nova elei��o acontece no dia 18 de junho. Deputados do Centr�o defendem que Dodge continue no cargo e temem um poss�vel nome "linha-dura" de Bolsonaro.
Coaf
Ela tamb�m falou sobre a transfer�ncia do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Minist�rio da Justi�a para o Minist�rio da Economia. Raquel disse acreditar que mesmo em outro minist�rio continuar� a ser instrumento importante contra a corrup��o.
Para ela, o ator mais importante a se pronunciar sobre essa quest�o � o Congresso Nacional. "O Coaf poderia ser mais eficiente estando em outro minist�rio? Poderia. Mas acho que vai continuar dando a resposta necess�ria onde quer que esteja para que os atores do sistema de Justi�a possam fazer as investiga��es decorrentes", afirmou.
Na opini�o da procuradora, o �rg�o estaria mais bem instalado na pasta da Justi�a porque teria mais aporte estrutural e mais foco dentro das quest�es que est�o ligadas ao combate � corrup��o. "Mas nada do que uma boa conversa com o ministro da Economia (Paulo Guedes) n�o possa resolver", considerou.
N�o h� d�vidas, de acordo com Raquel, de que o mais importante feito at� agora tenha sido a cria��o do Coaf, um conselho destinado a lutar contra a corrup��o. Ela disse, por�m, ver com cautela mudan�as de instrumentos jur�dicos ou de diminui��o do papel de institui��es que combatem a corrup��o. "Se a proposta fosse extinguir o Coaf, a� eu estaria preocupad�ssima", disse.
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