A primeira reuni�o entre o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro ap�s o vazamento que envolveu o ex-juiz da Lava Jato foi classificada como "bastante tranquila", oportunidade na qual Moro tratou com o chefe do Executivo sobre o vazamento de suposto conte�do de mensagens trocadas por ele e procuradores da Lava Jato. As informa��es s�o de nota divulgada pela assessoria da Pasta comandada por Moro, segundo a qual Bolsonaro "entendeu as quest�es que envolvem o caso". O encontro ocorreu na manh� desta ter�a-feira, 11, no Pal�cio da Alvorada.
O comunicado afirma que o ministro fez "todas as pondera��es ao presidente, que entendeu as quest�es que envolvem o caso". Na nota, a pasta menciona a situa��o como "invas�o criminosa de celulares de ju�zes, procuradores e jornalistas", e informa que Moro "recha�ou a divulga��o de poss�veis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Pol�cia Federal est� investigando a invas�o criminosa". Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no �ltimo domingo, 9, a Pol�cia Federal instaurou h� cerca de um m�s um inqu�rito para investigar ataques feitos por hackers aos celulares de procuradores da Rep�blica que atuam nas for�as-tarefa da Lava Jato em Curitiba, no Rio e em S�o Paulo.
Do encontro no Alvorada, Bolsonaro e Moro seguiram juntos, de lancha, para o Grupamento de Fuzileiros Navais de Bras�lia, que promoveu cerim�nia de comemora��o do 154� Anivers�rio da batalha naval do Riachuelo. Durante o evento, que contou com a presen�a de outros ministros de Estado, como da Economia, Paulo Guedes, Moro e Bolsonaro ficaram lado a lado. De acordo com interlocutores, a mensagem passada � de confian�a do governo em rela��o ao ministro da Justi�a.
Mais cedo nesta ter�a, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, postou em sua conta no Twitter uma s�rie de textos que elogiam a atua��o de Moro como juiz. "Sergio Moro ajudou muito a salvar o Brasil do projeto doente de poder do PT, do Foro de S�o Paulo e da esquerda mundial. Por isso querem atingi-lo. N�o conseguir�o. N�s, brasileiros de alma e cora��o, n�o permitiremos! Moro � um her�i para os brasileiros", diz em uma das postagens. Onyx tamb�m afirma que o ministro da Justi�a "� uma das pessoas mais corretas, capazes e �ticas" que conheceu em Bras�lia. "Me sinto honrado de compartilhar com ele e cada um do time Bolsonaro a miss�o de mudar o Brasil", disse.
Ontem, a ala militar do governo j� havia mostrado apoio ao ministro, com declara��es dos ministros do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, e do vice-presidente, Hamilton Mour�o. Nesta ter�a, o ex-comandante do Ex�rcito, general Villas B�as - que � assessor de Heleno - postou em suas redes sociais texto que fala de "expresso respeito e confian�a" em Moro, e chama de "preocupante" o momento, "porque d� margem a que a insensatez e o oportunismo tentem esvaziar a opera��o Lava Jato". Na postagem, Villas B�as classificou a opera��o como a "esperan�a para que a din�mica das rela��es institucionais" no Pa�s "venham a transcorrer no ambiente marcado pela �tica e pelo respeito ao interesse p�blico".
No domingo, 9, o site The Intercept Brasil divulgou o suposto conte�do de mensagens trocadas por Moro e procuradores. As conversas mostrariam que Moro teria orientado investiga��es da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. Ontem, em viagem a Manaus, o ministro da Justi�a afirmou que n�o via "nada de mais" sobre as mensagens.
Leia a nota completa do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica:
"O ministro da Justi�a Sergio Moro esteve reunido na manh� de hoje com o presidente Jair Bolsonaro quando falaram sobe a invas�o criminosa de celulares de ju�zes, procuradores e jornalistas. O ministro recha�ou a divulga��o de poss�veis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Pol�cia Federal est� investigando a invas�o criminosa. A conversa foi bastante tranquila. O ministro fez todas as pondera��es ao presidente, que entendeu as quest�es que envolvem o caso".
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