(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A��o de hackers atinge ju�zes, procuradores e promotores; veja a lista

Aumenta o n�mero de agentes p�blicos que tiveram o celular invadido por meio de ataques virtuais. Al�m de S�rgio Moro e procuradores da Lava-Jato, h� ju�zes, desembargador e ex-procurador. At� ministro do STF � mencionado em conversas divulgadas


postado em 13/06/2019 07:25 / atualizado em 13/06/2019 11:13

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro tiveram outro encontro nesta quarta-feira (12/6), dessa vez com a participação de diretor-geral da Polícia Federal (foto: AFP / EVARISTO SA)
S�rgio Moro e Jair Bolsonaro tiveram outro encontro nesta quarta-feira (12/6), dessa vez com a participa��o de diretor-geral da Pol�cia Federal (foto: AFP / EVARISTO SA)

No momento em que a Pol�cia Federal come�a a investigar o hackeamento e a divulga��o de conversas entre o ent�o juiz S�rgio Moro, atual ministro da Justi�a, e o coordenador da Opera��o Lava-Jato, Deltan Dallagnol, surgem mais autoridades que foram v�timas da investida criminosa. A intercepta��o atingiu ju�zes e procuradores e chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Al�m de Moro e Dallagnol, foram alvo de ataques a ju�za que herdou os processos da Lava-Jato em Curitiba, Gabriela Hardt; o desembargador Abel Gomes, relator da for�a-tarefa no Rio de Janeiro; o juiz Fl�vio de Oliveira Lucas, tamb�m do Rio; o ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot; os procuradores Janu�rio Peludo, Paulo Galv�o, Tham�a Danelon, Ronaldo Pinheiro de Queiroz, Danilo Dias, Eduardo El Haje, Andrey Borges Mendon�a e Marcelo Weitzel, al�m do jornalista Gabriel Mascarenhas.

Outros dois procuradores que atuaram como auxiliares de Janot disseram ter sido v�timas de ataques cibern�ticos, mas preferiram n�o ter o nome revelado. Em nota, a Justi�a Federal confirmou � reportagem que a substituta de Moro foi grampeada e que “o fato foi imediatamente comunicado � PF”. De acordo com o texto, a ju�za n�o identificou informa��es pessoais que possam ter sido interceptadas.

Advogados de condenados pela Lava-Jato alegam que as mensagens atribu�das a Moro e Dallagnol indicariam uma atua��o combinada no processo que resultou na condena��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), o que abriria espa�o para questionamentos sobre credibilidade da maior opera��o de combate � corrup��o no pa�s.

Na ter�a-feira � noite, um suposto hacker entrou em contato com Jos� Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associa��o Nacional de Procuradores (ANPR), fazendo-se passar pelo procurador militar Marcelo Weitzel, que teve o celular invadido. Apenas ao fim da conversa Robalinho percebeu que estava conversando com um impostor. “Ele me mandou um �udio, que, segundo ele, era muito bomb�stico contra a Lava-Jato. Eu estava em um jantar e n�o pude ouvir imediatamente. O �udio me pareceu a voz de um colega. Mas, diferentemente do que o falso Marcelo disse, eu respondi, de forma t�cnica, que n�o havia nada demais. Ele ainda discordou de mim, e, ao fim, disse: abra�o do hacker”, contou Robalinho.

O mesmo invasor usou a conta de Weitzel para enviar mensagens de texto para o grupo do Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) no Telegram. No desdobramento mais recente, o trecho de uma mensagem que teria sido trocada entre Dallagnol e Moro, publicado pela r�dio Band News, cita o ministro do STF, Luiz Fux. Na conversa, o procurador diz ter ouvido do ministro que pode “contar com ele para o que precisar”. No ano passado, Fux concedeu uma liminar para impedir o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva de conceder entrevistas durante o cumprimento da pena. Segundo a Band News, ao saber da not�cia, Moro respondeu: “In Fux we trust”, que, em tradu��o literal, significa: em Fux n�s confiamos. O conte�do foi repassado � emissora pelo site The Intercept. A assessoria do STF foi procurada para comentar o caso, mas n�o se manifestou.

Em meio � crise deflagrada pelos ataques, procuradores discutem as mais variadas teses sobre as origens das invas�es cibern�ticas. Alguns at� levantam suspeitas sobre o envolvimento da intelig�ncia russa, o que n�o foi comprovado. Entre os alvos prevalece a ideia de que o hackeamento � uma a��o orquestrada contra a Lava-Jato.

Encontro


O presidente Jair Bolsonaro recebeu Moro e o diretor-geral da Pol�cia Federal, Maur�cio Valeixo, nesta quarta-feira (12/6). Foi o segundo encontro do chefe do Planalto com o ministro, nesta semana, imediatamente ap�s a divulga��o das conversas, e a primeira reuni�o oficial com o diretor da PF. Eles marcaram um novo encontro para esta quinta-feira (13/6) � tarde. Nesta quarta-feira (12/6), os dois assistiram ao jogo entre CSA e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, no Est�dio Man� Garrincha.

Procurado pela reportagem, o Planalto n�o comentou o que foi discutido no encontro entre os tr�s. A PF tamb�m preferiu n�o falar sobre o assunto. Interlocutores do Pal�cio, no entanto, disseram � reportagem que o assunto teria sido justamente a divulga��o dos �udios, al�m de uma tentativa do ministro, do presidente e do diretor da pol�cia de desenvolver um mecanismo combinado e eficaz para evitar novos ataques a autoridades.

Alvo de ataques

» S�rgio Moro — ex-juiz e atual ministro da Justi�a
» Deltan Dallagnol — procurador
» Gabriela Hardt — ju�za
» Fl�vio de Oliveira Lucas — juiz
» Abel Gomes — desembargador
» Rodrigo Janot — ex-procurador-geral da Rep�blica
» Janu�rio Peludo — procurador
» Paulo Galv�o — procurador
» Tham�a Danelon — procuradora
» Ronaldo Pinheiro de Queiroz — procurador
» Danilo Dias — procurador
» Eduardo El Haje — procurador
» Andrey Borges Mendon�a — procurador
» Marcelo Weitzel — procurador
» Gabriel Mascarenhas — jornalista

No Twitter, Moro cita “esc�ndalos falsos”

O ministro da Justi�a, S�rgio Moro, afirmou que hackers e “esc�ndalos falsos” n�o v�o interferir em sua “miss�o” no governo. “Hackers de ju�zes, procuradores, jornalistas e, talvez, parlamentares, bem como esc�ndalos falsos, n�o v�o interferir na miss�o”, escreveu no Twitter. Nesta quarta-feira (12/6), os presidentes de diversas comiss�es da C�mara fecharam um acordo para aglutinar em um s� os v�rios requerimentos de convoca��o para o ministro prestar esclarecimentos sobre as conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil. Segundo deputados, ficou acertado entre as comiss�es que Moro vai � C�mara no dia 26, a �ltima quarta-feira antes do in�cio do recesso parlamentar.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)