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Estado de Minas POL�TICA

'O objetivo claro � libertar Lula e destruir Moro', diz Santos Lima

Procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima atuou na for�a-tarefa de 2014, quando foi deflagrada a primeira fase da opera��o, at� 2018


postado em 18/06/2019 07:52 / atualizado em 18/06/2019 08:50

 Procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima (foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo )
Procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima (foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo )

Ex-integrante da for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, o procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima disse acreditar que o vazamento de conversas atribu�das ao ent�o juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justi�a) e a procuradores da Rep�blica seja parte de "uma campanha orquestrada" com "objetivo claro" de libertar o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Lava-Jato. Lima atuou na for�a-tarefa de 2014, quando foi deflagrada a primeira fase da opera��o, at� 2018.

O senhor foi alvo dos hackers?

Eu sa� da Lava-Jato em setembro de 2018 e deletei todos os grupos de trabalho no Telegram e desinstalei o aplicativo naquele momento. Aparentemente, n�o fui atacado.

O nome do senhor aparece em supostas conversas com Moro (nas quais, segundo o site The Intercept Brasil, o ent�o juiz consulta procuradores sobre resposta ao que chama de "showzinho" da defesa de Lula). O sr. reconhece esses di�logos?

Desconhe�o completamente as mensagens citadas, supostamente obtidas por meio reconhecidamente criminoso. Creio que o "�rg�o jornal�stico" (The Intercept Brasil) deve explica��o de como teve acesso a esse material de origem criminosa, e quais foram as medidas que tomou para ter certeza de sua veracidade, integridade e aus�ncia de manipula��o. A liberdade de imprensa n�o cobre qualquer participa��o de jornalistas no crime de viola��o de sigilo de comunica��es.

H� riscos para a Lava-Jato?

A Lava-Jato provou que a pol�tica brasileira se financia com o crime. Usa da corrup��o para financiar campanhas eleitorais milion�rias, para controlar estruturas partid�rias e para os bolsos pr�prios, naturalmente. Nada disso mudou. As provas continuam a�. A crise � artificial, uma farsa.

H� risco de nulidade?

N�o h�, juridicamente, a menor possibilidade. N�o se pode considerar que not�cias de um �rg�o de imprensa vinculado ideologicamente com os interesses de condenados, sejam consideradas provas de qualquer coisa, salvo da vontade de libertar Lula. Cad� os arquivos? Como foram recebidos? Houve manipula��o? � poss�vel fazer per�cia? Qual � a participa��o da Intercept no crime? O material n�o tem valor. Prova por not�cia?

Sobre o conte�do, houve rela��o ilegal entre juiz e acusa��o?

Essa � uma discuss�o sem sentido. A rela��o entre juiz e procuradores, delegados e advogados se d� diuturnamente. Quest�es procedimentais, exposi��o de pontos de vista e explica��o de futuros pedidos s�o comuns. Somos todos conhecidos, n�o amigos, de mais de 20 anos. N�o h� nada de irregular nas conversas. Essa � a pr�tica judici�ria. Observo, novamente, que n�o se pode atestar que essas conversas n�o tenham sido editadas.

Quando o juiz questiona andamento da opera��o, o m�todo de interrogat�rio ou combina recebimento de den�ncia-crime, n�o h� desequil�brio entre as partes?

A quest�o est� sendo tratada com certo farisianismo. Informar estado de investiga��es � necess�rio para explicar pedidos cautelares. O juiz reclamar das partes e de suas decis�es acontece direto, inclusive em audi�ncia. Quantas vezes fui conversar com ju�zes sobre liminares e eles disseram simplesmente: "Nem gaste saliva, doutor, a decis�o liminar sai ainda hoje". Isso acontece com a defesa tamb�m.

Houve conluio entre a for�a-tarefa e o ent�o juiz Moro no caso das supostas conversas sobre escutas de Lula e Dilma, sobre a informa��o de transfer�ncia de im�veis dos filhos de Lula?

Me parece que houve a comunica��o ao Minist�rio P�blico de supostos crimes que o juiz teve conhecimento.

Como recebeu a rea��o ao conte�do, como os pedidos de afastamento de S�rgio Moro e do coordenador da for�a-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol?

Com incredulidade. Considero que h� muitos garantistas de fachada, que se valem de supostas conversas criminosamente obtidas para fazer valer seus interesses. Tudo � cercado de muita hipocrisia. Tudo � dirigido para soltar Lula. Ser� que o triplex n�o existiu? Que n�o houve corrup��o na Petrobras?

� o mais duro ataque sofrido pela Lava-Jato?

� um ataque covarde e criminoso, perpetrado por uma organiza��o criminosa que, valendo-se de um jornalista ideologicamente comprometido e leniente, consegue criar esse falso drama com conversas pin�adas segundo o objetivo claro de libertar Lula.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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