
Um dos principais organizadores das manifesta��es pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL) foi hostilizado por ativistas nesse domingo, 30, por n�o incluir o apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre suas bandeiras.
Durante a manifesta��o em defesa de Sergio Moro, da Lava-Jato e da reforma da Previd�ncia realizada na Avenida Paulista, em S�o Paulo, cerca de 20 integrantes do grupo DireitaSP foram at� o caminh�o do MBL em frente ao MASP para puxar palavras de ordem contra o grupo.
Houve um princ�pio de tumulto e a Pol�cia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um "agradecimento" para a PM por ter agido na ocasi�o.
O MBL e o Vem Pra Rua, os dois maiores grupos anti-Dilma em 2015, optaram por excluir a defesa do presidente Jair Bolsonaro de suas agendas.
"Seguran�as do MBL atacaram nossos integrantes. Eles foram l� cobrar o comportamento de n�o dizerem que apoiam o Bolsonaro. O MBL � oportunista", disse Edson Salom�o, presidente do DireitaSP.
"N�s temos fotos e v�deos que j� identificaram os agressores. Os v�deos mostram que eles foram l� e come�aram a agress�o", responde Renato Battista, coordenador nacional do MBL.
Segundo ele, o escritor Olavo de Carvalho teria dito na quarta-feira, 26, que os manifestantes deveriam agredir o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, nas manifesta��es.
"A gente n�o puxa o saco do Bolsonaro", finalizou o dirigente do MBL.
Rio
Integrantes do MBL n�o foram bem recebidos por um grupo minorit�rio que tamb�m se manifestava em ato pr�-Moro no final da manh� deste domingo, 30, em Copacabana, no Rio. Um deles foi agredido por um manifestante que estampava as palavras "Direita Rio de Janeiro" em sua camiseta. O grupo segurava a faixa "MBL Voc�s n�o nos representam… MuKIMrana".
O MBL passou a ser alvo de grupos pr�-Bolsonaro especialmente ap�s n�o apoiar o ato com lemas contra o STF e o "Centr�o pelo Pa�s" do dia 26 de maio.
De acordo com o coordenador do movimento no Rio, Renato Borges, um boletim de ocorr�ncia deve ser feito ainda nesta tarde. "O MBL colocou o seu caminh�o de som na Avenida Atl�ntida para manifestar em defesa da Lava Jato. Uma minoria organizada veio nos hostilizar, proferiu ofensas, partiu para a agress�o f�sica e a Pol�cia Militar logo veio e retirou o agressor", relata o jovem.