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Estado de Minas

Dallagnol e Moro combinaram reuni�o com a PF, apontam conversas vazadas

Novos di�logos atribu�dos a S�rgio Moro e Deltan Dallagnol voltam a colocar sob suspeita a imparcialidade do ent�o juiz federal


postado em 15/07/2019 21:10

(foto: AFP e Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: AFP e Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O conte�do de novas conversas atribu�das ao procurador Deltan Dallagnol e ao ministro da Justi�a, S�rgio Moro, foram divulgadas nesta segunda-feira (15/7) em parceria do site The Intercept Brasil com a r�dio Band News FM. O conte�do dos di�logos, que teriam sido realizados por mensagens de celular, foi divulgado no programa O � da coisa, e aumentam as suspeitas sobre a imparcialidade de Moro.
 
De acordo com a reportagem dos jornalistas Reinaldo Azevedo e Leandro Demori, Dallagnol e Moro, que na �poca era o respons�vel por julgar os casos da Lava-Jato, combinaram uma reuni�o para tratar das fases que seriam lan�adas pela opera��o. Segundo teria escrito o procurador, integrantes da Pol�cia Federal participariam do encontro.
 
Uma primeira mensagem atribu�da a Dallagnol foi enviada a Moro em 3 de setembro de 2015: "Caro, quando seria um bom dia e hora para reuni�o com a PF, a�, sobre aquela quest�o das prioridades? Sua presen�a daria uma for�a moral nessa quest�o da necessidade de prioriza��o e evitaria parecerr que o MPF quer impor agenda". 
 
Sem resposta, Dallagnol teria voltado a tocar no tema quase um m�s e meio depois, em 16 de outubro: "Caro juiz, seria poss�vel reuni�o no final de segunda para tratarmos de novas fases, inclusive capacidade operacional e data considerando recesso? Incluiria PF tamb�m". No dia seguinte, Moro teria respindido: "Penso que seria oportuno. Mas segunda sera um dia dif�cil. Terca seria ideal".
 
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Em outro conjunto de di�logos, iniciado em 16 de janeiro de 2016, Dallagnol perguntou para Moro se seria poss�vel usar recursos da 13ª Vara Federal de Curitiba, na qual o ent�o juiz federal Moro atuava, para financiar um comercial em defesa das 10 medidas contra a Corrup��o, defendidas por Dallagnol e enviadas ao Congresso Nacional.
 
Segundo Azevedo, Dallagnol escreveu a Moro: "Voc� acha que seria poss�vel a destina��o de valores da Vara, daqueles mais antigos, se estiverem dispon�veis, para um v�deo contra a corrup��o, pelas 10 medidas, que ser� veiculado pela Globo? A produtora est� cobrando apenas custos de terceiros. O que daria uns R$ 38 mil. Se achar ruim algum aspecto, h� alternativas que estamos avaliando, como crowdfunding e cotiza��o entre as pessoas envolvidas na campanha".
 
Em seguida, ao encaminhar arquivos com o or�amento e o roteiro da pe�a publicit�ria para Moro, Dellagnol teria acrescentado: "Avalie de modo absolutamente livre e, se achar que pode, de qualquer modo, arranhar a imagem da Lava-Jato, de alguma forma, sem n�s queremos".
 
No dia seguinte, Moro respondeu: "Se for uns R$ 38 mil, acho que � poss�vel. Deixe ver na ter�a e te respondo."
 
Na mat�ria, publicada depois no blog de Reinaldo Azevedo, o jornalista e o editor do Intercep, Leandro Demori ressaltam que "uma vara federal, qualquer uma, n�o disp�e de recursos destinados a atos publicit�rios de nenhuma natureza". 
 
"Como uma vara federal n�o gera recursos, mas os recebe do TRF — que, por sua vez, tem a dota��o or�ament�ria definida pelo Conselho da Justi�a Federal —, ou o dinheiro teria de sair do caixa para despesas correntes, e n�o parece ser o caso, ou decorreria de dep�sitos judiciais ou multas decorrentes das senten�as aplicadas pelo juiz. Em qualquer hip�tese, trata-se de uma ilegalidade", afirmam.
 
Pedido de acesso �s conversas
 
Desde que o Intercept come�ou a divulgar os �udios, Moro, Dallagnol e outros citados nas conversas questionam a autenticidade das conversas. Em entrevista ao Correio, Moro disse que alguns trechos podem corresponder � verdade, mas as conversas podem ter sido modificadas ou descontextualizadas. Por isso, o ex-juiz federal e hoje ministro solicita acesso ao material para que uma per�cia seja feita.
 
Ap�s a divulga��o de conversas entre outros procuradores da Lava-Jato, o Correio entrou em contato com um deles, que, pedindo anonimato, confirmou o conte�do do que havia sido atibu�do a ele e a colegas. “Me recordo dos di�logos com os procuradores apontados pelo site. O grupo n�o existe mais. No entanto, me lembro do debate em torno do resultado das elei��es e da expectativa sobre a ida de Moro para o Minist�rio da Justi�a", disse.


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