O vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou nesta ter�a-feira, 16, que as "amea�as globais transnacionais" devem ser enfrentadas pela democracia liberal. "N�o h� sa�da fora da democracia liberal como sugerem alguns que desejam solu��es r�pidas", disse.
Entre as amea�as, Mour�o citou o terrorismo, o crime organizado, as migra��es, os conflitos armados, as doen�as infecciosas, a espionagem, a possibilidade de um colapso do sistema financeiro e at� a instabilidades de regimes.
"Todos querem solu��es r�pidas. Senhoras e senhores, fora da democracia liberal n�o h� futuro. Vamos lembrar que a democracia na Primeira Guerra Mundial venceu o imperialismo, venceu o nazifascismo, e venceu o pior flagelo que enfrentamos no s�culo passado: o comunismo internacional. F� na democracia liberal. � por meio dela que vamos achar a solu��o que precisamos", afirmou a uma plateia de 400 empres�rios em um hotel em S�o Paulo.
Em sua fala, o vice-presidente voltou a dizer que existem no planeta mudan�as clim�ticas em andamento, discurso que contraria alguns c�rculos pr�ximos ao governo, como o do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). "O clima mudou. N�o temos a m�nima duvida disso a�. N�o sabemos se essa mudan�a � uma mudan�a que veio para ficar ou se pode ser algo transit�rio. Mas n�o podemos deixar de reconhecer que houve essa mudan�a do clima".
Abertura comercial
Na palestra, Mour�o defendeu a abertura comercial do Brasil. Ele usou palavras do ex-presidente do governo militar, Ernesto Geisel, para falar do assunto: "tem que ser lenta, gradual e segura".
"N�o d� para dar um choque de abertura nas nossas empresas de hoje para amanh� com uma carga tribut�ria desse tamanho, com uma infraestrutura deficiente, em que o nosso produto chega aos portos custando uma fortuna em compara��o com os que v�m do lado de fora", afirmou.
Mour�o disse que o Brasil responde apenas por 1,2% do fluxo de com�rcio global e que o governo vai trabalhar para ampliar essa participa��o. "Temos que abrir sim. N�o � nada para um Pa�s do nosso porte. Temos que escalar, aumentar importa��o, aumentar exporta��es, termos realmente um fluxo de com�rcio e nos inserirmos nas grandes cadeias de valor agregado", disse, ao destacar a import�ncia de se ter uma corrente de com�rcio maior.
Pol�tica externa
Mour�o afirmou, citando suas viagens recentes para China e Estados Unidos, que todos os pa�ses "est�o de olho" no Brasil. "Aqueles que querem investir e ganhar dinheiro querem estar com a gente", disse.
O vice disse que as posi��es diplom�ticas do Brasil devem buscar "flexibilidade e pragmatismo". "N�o podemos ficar nem pendurados no A nem no B. Temos que buscar aquilo que � melhor para o Brasil, que haja benef�cio m�tuo".
O vice-presidente elogiou ainda o acordo Mercosul-Uni�o Europeia e destacou o papel da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que "venceu grandes resist�ncias" na negocia��o que levou cerca de 20 anos.
POL�TICA