Tr�s perguntas para o procurador Alexandre Ismail, ex-integrante da Zelotes

1. Qual � o preju�zo � Zelotes com sua ida a Roraima?

A Zelotes � uma opera��o que j� estava atuando sem estrutura necess�ria e agora vai ter ainda mais dificuldade para andar. Com a minha chegada, a opera��o retomou um ritmo mais forte, mas ainda aqu�m do necess�rio. Isso ir� parar. Por exemplo: em ao menos seis audi�ncias tivemos que contar com procuradores substitutos, de fora da Zelotes, para assumir em cima da hora. Eu falei com os substitutos, passei todo o caso, tamb�m s�o colegas competent�ssimos, mas, obviamente, se perde um pouco o fio da meada. Perde-se tamb�m o fio da meada em investiga��es que est�o em andamento.

2. J� houve cr�tica de falta de estrutura no passado. Como estava a situa��o antes da sa�da do sr.?

A Zelotes s� contava comigo como procurador exclusivo. O Frederico (Paiva, outro procurador da opera��o) n�o era desonerado de seu of�cio na Procuradoria da Rep�blica do DF. Acumulava, al�m da Zelotes, o volume de trabalho normal dos of�cios criminais da unidade. Tamb�m n�o t�nhamos nenhum assessor dedicado com exclusividade para a opera��o. Todos ficavam sobrecarregados.

3. Quais argumentos foram usados com a Procuradoria-Geral da Rep�blica?

Muito foi conversado com o secret�rio-geral do MPF, Alexandre Camanho. A pr�pria procuradora-geral da Rep�blica (Raquel Dodge) n�o nos recebeu, apesar de muito termos tentado. Passamos mais de um m�s tentando. At� agora, estamos tentando digerir. N�o se pediu que se escolhesse um lado ou outro, mas que se encontrasse um meio termo. Propus acumular a carga de trabalho de Roraima junto com a da Zelotes, e compareceria periodicamente ao Estado para dar suporte em reuni�es e audi�ncias. Mas a informa��o foi apenas que havia necessidade de servi�o em minha unidade de origem. N�o sabemos se as propostas alternativas foram consideradas.