O envolvimento de Walter Faria e outros cinco executivos do grupo Petr�polis na lavagem de dinheiro desviado pela Odebrecht � investigado na manh� desta quarta-feira, 31, pela Opera��o Rock City, 62� fase da Lava Jato. Segundo o Minist�rio P�blico Federal no Paran�, o Grupo disponibilizou pelo menos R$ 208 milh�es em esp�cie � Odebrecht no Brasil entre 2007 e 2011 e repassou R$ 121.581.164,36 em propinas da construtora disfar�adas de doa��es eleitorais.
De acordo com a Procuradoria, Faria, que � alvo de ordem de pris�o preventiva decretada pela Justi�a Federal do Paran�, "desempenhou substancial papel como grande operador de propina" e, em conjunto com os executivos investigados, atuou "em larga escala na lavagem de centenas de milh�es de reais em contas fora do Brasil."
A investiga��o apurou que Faria recebeu, entre mar�o de 2007 a outubro de 2009, US$ 88.420.065 da construtora em uma conta mantida no Antigua Overseas Bank, em Antigua e Barbuda, no nome da offshore Legacy International Inc..
J� entre agosto de 2011 e outubro de 2014, duas contas mantidas pelo executivo no EFG Bank na Su��a, em nome das offshores Sur trade Corporation S/A, e Somert S/A Montevideo, receberam da Odebrecht, respectivamente, US$ 433.527, e US$ 18.094.153, indicou a Procuradoria.
A apura��o constatou que, no mesmo per�odo, o grupo Petr�polis disponibilizou pelo menos R$ 208 milh�es em esp�cie � Odebrecht no Brasil, de junho de 2007 a fevereiro de 2011. Al�m disso, o grupo comandado por Faria, por meio das empresas Praiamar e Leyroz Caxias, foi utilizado pela Odebrecht para realizar, entre 2008 e 2014, pagamentos de propina travestida de doa��es eleitorais, no montante de R$ 121.581.164,36.
Segundo o MPF, o dono do Grupo Petr�polis teria, em troca de d�lares recebidos no exterior e de investimentos realizados em suas empresas, "atuado para gerar dinheiro em esp�cie para a entrega a agentes no Brasil e entregar propina travestida de doa��o eleitoral no interesse da Odebrecht". Al�m disso, Faria teria transferido, no exterior, valores il�citos recebidos em suas contas para agentes p�blicos beneficiados pelo esquema de corrup��o na Petrobras, indica a Procuradoria.
O Minist�rio P�blico Federal apontou ainda que a Odebrecht realizou opera��es subfaturadas com o grupo, como a amplia��o de f�bricas, a compra e venda de a��es da empresa Electra Power Gera��o de Energia S/A, aportes de recursos para investimento em pedreira e contratos de compra, venda e aluguel de equipamentos.
Navios-sonda
A investiga��o tamb�m identificou que contas banc�rias no exterior controladas por Faria foram utilizadas para o pagamento de propina no caso dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vit�ria 10.000.
De acordo com o MPF, entre setembro de 2006 a novembro de 2007, J�lio Gerin de Almeida Camargo e Jorge Ant�nio da Silva Luz, operadores encarregados de intermediar valores de propina a mando de funcion�rios p�blicos e agentes pol�ticos, creditaram US$ 3.433.103,00 em favor das contas banc�rias titularizadas pelas offshores Headliner LTD. e Galpert Company S/A, cujo respons�vel era o controlador do grupo Petr�polis.
Defesas
At� o fechamento deste texto, a reportagem n�o havia obtido o posicionamento dos citados. O espa�o est� aberto para as manifesta��es de defesa.
POL�TICA