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Estado de Minas POL�TICA

PF vai apurar se a��o de hackers foi paga com bitcoin


postado em 31/07/2019 11:22

A Pol�cia Federal est� cruzando informa��es encontradas nos celulares e computadores dos quatro presos na Opera��o Spoofing, que investiga a invas�o de telefones de autoridades, com registros de corretoras de moedas virtuais - as criptomoedas. A ideia � checar se h� rela��o entre o dinheiro identificado em contas com a eventual venda de mensagens, o que poderia configurar outros crimes, al�m da invas�o de dispositivos inform�ticos. Os investigadores buscam intermedi�rios e poss�veis "patrocinadores" dessas invas�es.

Em depoimento � PF, Walter Delgatti Neto, conhecido como "Vermelho", um dos presos na semana passada, afirmou que n�o recebeu pagamento para repassar as supostas mensagens captadas nas contas de procuradores da Opera��o Lava Jato ao jornalista Glenn Greenwald, cofundador e editor do site The Intercept Brasil.

As investiga��es sobre o rastro do dinheiro come�aram antes da pris�o de Delgatti e dos outros tr�s suspeitos, com um pedido de informa��es a corretoras que atuam no setor de criptomoedas. Ap�s a pris�o, os peritos passaram a vasculhar os aparelhos atr�s de e-mails e outras mensagens telem�ticas que possam levar �s carteiras virtuais, e aos seus donos.

As carteiras s�o como contas correntes abertas para realizar as opera��es de compra e venda das moedas virtuais. De acordo com uma fonte que teve acesso � investiga��o ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo � cruzar poss�veis n�meros encontrados nas mensagens com o chamado "blockchain", uma esp�cie de livro cont�bil aberto que registra transa��es financeiras do mercado de criptomoeda.

As transfer�ncias virtuais s�o registradas em um site p�blico, mas apenas os valores e os n�meros das carteiras ficam abertos. Os nomes dos propriet�rios, no entanto, s� s�o conhecidos pelas corretoras respons�veis pelas contas.

A PF e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) j� receberam os dados das empresas que os suspeitos usavam para operar com a moeda virtual - Foxbit, Braziliex e Marcado Bitcoin.

Corretoras

O CEO da Foxbit, Jo�o Canhada, n�o quis comentar sobre o caso do hacker alegando haver "segredo de Justi�a". Questionado, em tese, se � poss�vel rastrear os pagamentos, Canhada explicou que o mercado das moedas virtuais segue padr�es de controle que possibilitam identificar a origem e o destino dos recursos.

"Todas as transa��es s�o registradas nos blockchains de cada criptomoeda. � como se seu extrato banc�rio estivesse completamente dispon�vel, mas sem o nome. Se voc� conseguir associar o n�mero da carteira a um nome � poss�vel saber tudo que ele fez com aquela conta desde a cria��o da moeda", afirmou Canhada.

De acordo o CEO da Mercado Bitcoin, a maior operadora de moeda digital do Pa�s, Marcos Alves, as comunica��es de opera��es at�picas no setor s�o feitas regularmente �s institui��es de controle como a Receita Federal e o Coaf, al�m de sofreram controles internos rigorosos.

"Seguimos padr�es de compliance como as principais bolsas do mundo. Qualquer tipo de opera��o suspeita � relatada �s autoridades. Dentro do mercado de criptomoeda h� sistemas que funcionam como uma esp�cie de Serasa que alertam para eventuais riscos nas opera��es", afirmou Alves, que tamb�m n�o quis comentar o caso da invas�o dos celulares investigado pela Pol�cia Federal.

Bloqueio

Na sexta-feira, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.� Vara Federal do Distrito Federal, determinou o bloqueio de ativos que os investigados pela Opera��o Spoofing tiverem em carteiras de criptomoedas.

Oliveira informou que a PF e o Minist�rio P�blico Federal apontaram a necessidade de obter senhas e chaves de acesso das carteiras de criptomoedas do casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira, presos na opera��o.

No pedido de pris�o, a PF incluiu relat�rio do Coaf que apontou movimenta��es at�picas nas contas do casal, que totalizam R$ 627 mil - R$ 424 mil na de Santos e R$ 203,5 mil vinculado ao nome de Suellen. Ao mesmo tempo, a renda mensal declarada pelos dois � de cerca de R$ 5 mil. Parte dessas transa��es, de acordo com a vers�o apresentada pela defesa, tem como origem o mercado de criptomoedas.

Na decis�o que autorizou a a��o da PF, Oliveira aponta a necessidade de se investigar poss�veis "patrocinadores" do grupo. "Diante da incompatibilidade entre as movimenta��es financeiras e a renda mensal de Gustavo e Suellen, faz-se necess�rio realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invas�es ilegais dos dispositivos inform�ticos (smartphones)", escreveu o magistrado. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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