Um dia ap�s defender que o Congresso n�o d� prioridade ao pacote anticrime do ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, para n�o atrapalhar a pauta econ�mica, o presidente convidou o ministro para um caf� da manh� no Pal�cio da Alvorada e para uma cerim�nia de promo��o de oficiais-generais em Bras�lia.
Ao deixar o Alvorada, Bolsonaro desceu do carro com Moro para cumprimentar apoiadores e dar uma entrevista � imprensa. Bolsonaro disse que conversou com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada para pautar o projeto anticrime ap�s a reforma da Previd�ncia na Casa. Quem faz o calend�rio, ressaltou o presidente, s�o os presidentes da C�mara e o Senado.
"Logicamente, um ministro da 'situa��o' do Moro, no meu entendimento, veio para o governo com um prop�sito. E ele quer ver as suas propostas aprovadas. Ele tem consci�ncia que n�o depende apenas dele, depende do Parlamento", declarou Bolsonaro. Ontem, o presidente afirmou que havia pedido paci�ncia ao ministro na tramita��o da proposta. "A paci�ncia que eu pe�o a ele, e ele pede para mim tamb�m, faz parte do nosso dia a dia."
Perguntado se estava se sentindo pressionado, Moro respondeu: "N�o. Talvez pela imprensa." Ele defendeu o projeto apresentado ao Congresso e disse que o governo acredita e vai defender a proposta. O ministro relatou estar conversando cotidianamente com os parlamentares sobre os pontos apresentados no texto.
Bolsonaro e Moro falaram da proposta afirmando que o chamado excludente de ilicitude proposto no projeto n�o � uma "licen�a para matar". Se um policial sair "atirando a esmo", declarou o ministro, isso ser� apurado. Quando Bolsonaro foi questionado se a proposta englobaria policiais que cometem excessos, respondeu: "Se o excesso jornal�stico desse cadeia, todos voc�s estariam presos agora."
Maia
Para o presidente Jair Bolsonaro, os coment�rios feitos ontem pelo presidente da C�mara, Rodrigo Maia, n�o foram cr�ticas pessoais. Maia disse que a elei��o do atual chefe do Planalto � "produto dos nossos erros". Bolsonaro disse ver com naturalidade o coment�rio. "Mudou realmente, de esquerda para centro-direita ou direita o governo. Ent�o o erro l�gico que n�o � dele, � da esquerda que estava no poder."
Bolsonaro ainda defendeu a pauta do governo, afirmando que � poss�vel crescer economicamente preservando o meio ambiente.
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