O presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) esclarecimentos sobre declara��es controversas que foram contestadas no tribunal pela presidente cassada Dilma Rousseff e pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) pediu o arquivamento das interpela��es.
No processo movido por Dilma, a petista pediu que Bolsonaro esclarecesse uma fala em que teria sugerido que a ex-presidente participou de a��es armadas durante a ditadura militar que resultaram na morte do capit�o do Ex�rcito americano Charles Chandler.
Bolsonaro informou que a fala, dita em maio durante pr�mio de 'Personalidade do Ano' oferecido pela C�mara de Com�rcio Brasil-Estados Unidos, em Dallas (EUA), foi "gen�rica, n�o tendo destinat�rio certo e espec�fico".
"Quem at� h� pouco ocupava o governo, teve em sua hist�ria suas m�os manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capit�o, como eu sou capit�o, naqueles anos tristes que tivemos no passado. Eu at� rendo homenagem aqui ao capit�o Charles Chandler", disse o presidente.
O capit�o americano Charles Chandler foi morto em 12 de outubro de 1968, no Sumar�, na zona oeste de S�o Paulo, em um atentado feito por tr�s militantes da Vanguarda Popular Revolucion�ria (VPR) e da A��o Libertadora Nacional (ALN).
Dilma nunca pertenceu a nenhum desses grupos. A ex-presidente foi condenada e presa por integrar o grupo guerrilheiro VAR-Palmares durante a ditadura, mas n�o existem evid�ncias da participa��o da ex-presidente em a��es violentas.
OAB
No segundo processo, Bolsonaro negou que tenha tido a inten��o de ofender quem quer que seja, muito menos a dignidade do presidente da OAB e de seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira.
Bolsonaro apresentou no m�s passado uma vers�o sobre a morte do pai do presidente da OAB que n�o tem respaldo em informa��es oficiais. Ele disse que Fernando Santa Cruz foi morto por correligion�rios nos anos 70.
"O interpelado (Jair Bolsonaro) apenas afirmou que, segundo suas pr�prias convic��es, formuladas a partir de conversas que circulavam � �poca, esta (a morte) teria decorrido de a��o de pessoas (ou grupo) pol�tico a que pertencia", escreveu a AGU.
"Do mesmo modo, n�o se pode extrair das declara��es do interpelado o animus de ofender quem quer que seja, muito menos a dignidade do interpelante ou do seu pai", informou o �rg�o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
POL�TICA