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Estado de Minas POL�TICA

Palocci: dinheiro da 'conta' Lula de R$ 15 milh�es pagou passeio de Dilma


postado em 25/08/2019 09:57

Antonio Palocci afirmou � Pol�cia Federal em sua dela��o premiada que usou R$ 250 mil da "conta" Lula de R$ 15 milh�es acertada com o dono do BTG Pactual Andr� Esteves para pagar despesas da viagem de descanso da ex-presidente Dilma Rousseff, para a Bahia, ap�s sua vit�ria nas elei��es em 2010.

Eleita no segundo turno sucessora de Lula, Dilma viajou no dia 3 de novembro para uma praia paradis�aca em Itacar�, na Bahia, onde ficou na mans�o alugada do empres�rio paulista Jo�o Paiva Neto. Palocci diz que pagou o jato e outros custos como a loca��o do im�vel com o dinheiro acertado com Esteves.

"O colaborador usou parte desses recursos, cerca de R$ 250 mil, para arcar com despesas da viagem de descanso que Dilma Rousseff fez ap�s vencer a elei��o em 2010", registra o termo de dela��o 9 de Palocci, anexados nos autos da Opera��o Pentiti, a fase 64 da Lava Jato deflagrada nesta sexta, 23.

A Pentiti apura supostos crimes de corrup��o envolvendo o BTG Pactual e a Petrobr�s na explora��o do pr�-sal e 'em projeto de desinvestimento de ativos' na �frica. Entre os alvos da opera��o est�o a ex-presidente da estatal, Gra�a Foster, e Andr� Esteves. De acordo com a PF, os supostos crimes podem ter causado preju�zo de ao menos US$ 1,5 bilh�o, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilh�es de reais hoje.

H� um termo espec�fico sobre os detalhes dessa viagem, mas Palocci narrou no termo 9 em que trata dos acertos com Andr� Esteves envolvendo neg�cios do BTG Pactual com a Petrobr�s na �frica o fato. Nele o delator narrou que na campanha de 2010 o banqueiro queria estreitar rela��es com Dilma e prometeu dar R$ 15 milh�es em favor de Lula e para uso na campanha.

"Dilma Rousseff foi informada das inten��es de Andr� Esteves expostas a Antonio Palocci e do apoio financeiro por ele prometido e efetivamente dado, inclusive quanto a seu emprego para quita��o dos custos com a viagem da ent�o presidente eleita."

Palocci assumiu responsabilidade sobre a destina��o dos recursos acertados com Esteves para patrocinar a viagem de descanso de Dilma.

Levantamento

A Pol�cia Federal buscou elementos para comprovar o que dizia Palocci em sua dela��o. O acordo fechado com a PF em 2018 e homologado no Tribunal Regional da 4.� Regi�o (TRF-4) - a segunda inst�ncia da Lava Jato - pelo desembargador Jo�o Pedro Gebran Neto.

A Informa��o de Pol�cia Judici�ria 102/2018, entregue ao delegado Filipe Hille Pace, registra recortes de not�cias sobre a viagem de Dilma � Bahia, ap�s a elei��o, dados sobre aeronave e os gastos com o passeio - que segundo informaram � �poca teria sido custeada pelo ex-ministro da Justi�a M�rcio Thomaz Bastos (que morreu em 2014).

"De acordo com os relatos do criminoso colaborador Ant�nio Palocci Filho formalizados junto aos termos de colabora��o premiada, em s�ntese apertada, o mesmo sustenta a hip�tese de que a pessoa de Andr� Santos Esteves, seria o respons�vel por administrar recursos ocultos da pessoa de Luiz In�cio Lula da Silva, com o aux�lio da estrutura financeira do banco BTG Pactual", informa o documento.

Segundo Palocci afirma na dela��o, pelo menos R$ 5 milh�es dos R$ 15 milh�es acertados foram usados para custear restos dos gastos da campanha presidencial, como pagamentos para ag�ncia de publicidade e a viagem de descanso. O dinheiro foi sacado pelo seu ex-bra�o direito Branislav Kontic, em diversas visitas que fez ao banco.

No Termo 7 da dela��o de Palocci ele conta ainda que "tratou-se de viagem cara, na qual houve o fretamento de jato particular e hospedagem da candidata vencedora e de equipe em luxuoso im�vel".

As despesas a viagem foram oficialmente e publicamente arcadas por Marcio Thomaz Bastos, sendo ele posteriormente ressarcido com os valores de propina"

Branislav Kontic levou os recursos ao escrit�rio do advogado. Palocci diz que nem Esteves soube da destina��o dos valores nem Bastos sabia da origem il�cita do reembolso.

A PF produziu ainda documentos sobre o jato usado na viagem, sobre o contrato feito para loca��o da mans�o em que a ex-presidente ficou hospedada, entre outras.

O contrato de loca��o do im�vel feito com o empres�rio paulista foi assinado pelo ent�o governador da Bahia, Jaques Wagner - ex-ministro da Casa Civil de Dilma. O dono enviou � PF um documento e informou que a casa tinha sido alugada para Wagner. No material h� um recibo com data de 8 de novembro de 2010 que registra pagamento de R$ 12 mil pelo ex-govenador por meio de um cheque, pela loca��o da casa entre os dias 3 e 7 de novembro.

COM A PALAVRA, DILMA ROUSSEFF

A prop�sito das supostas novas declara��es do senhor Ant�nio Palocci, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff registra:

Mais uma vez, o senhor Ant�nio Palocci mente em dela��o premiada, tentando criar uma cortina de fuma�a porque n�o tem provas que comprometam a idoneidade e a honra da presidenta Dilma.

� fantasiosa a vers�o de que ela teria "dado corda" para a Lava Jato "implicar" Lula. Isso n�o passa de uma tentativa vazia de intrig�-la com o presidente Lula.

Na verdade, a dela��o implorada de Palocci se constitui num dos momentos mais vexaminosos da pol�tica brasileira, porque revela o seu verdadeiro car�ter."

COM A PALAVRA, O BTG PACTUAL

"Com rela��o � opera��o da Pol�cia Federal realizada nesta data, o BTG Pactual esclarece que est� � disposi��o das autoridades para que tudo seja esclarecido o mais r�pido poss�vel, como sempre.

O BTG Pactual refor�a que o Banco opera normalmente.

O Banco esclarece ainda, que o objeto da referida busca e apreens�o foi alvo de uma investiga��o independente conduzida pelo escrit�rio de advocacia internacional Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, LLP, especializado em investiga��es e auditorias, contratado em 2015 por um comit� independente formado justamente para fazer uma auditoria externa e imparcial sobre as alega��es na �poca relacionadas a atos il�citos. A referida auditoria concluiu n�o existir qualquer ind�cio de irregularidade. O relat�rio � p�blico e pode, inclusive, ser acessado no site do banco (https://www.btgpactual.com/noticias/quinn-emanuel-conclusoes-da-investigacao)"

COM A PALAVRA, A DEFESA DE GRA�A FOSTER

A reportagem tenta contato com a defesa da ex-presidente da Petrobr�s. O espa�o est� aberto para manifesta��o.

COM A PALAVRA, A ADVOGADA S�NIA COCHRANE R�O, QUE DEFENDE ANDR� ESTEVES

"Inexplic�vel e verdadeiramente assustadora a nova medida de for�a adotada sem qualquer motivo, baseada na desacreditada dela��o de Ant�nio Palocci, contra uma institui��o financeira e um cidad�o recentemente v�tima de violento erro judici�rio reconhecido por todas as inst�ncias judiciais."


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