
"Desaparecido" desde janeiro deste ano, quando ganhou as manchetes por suposto envolvimento em um esc�ndalo financeiro ao lado do senador Fl�vo Bolsonaro (PSL), Fabr�cio Queiroz teve seu paradeiro revelado pela Revista Veja. Ele hoje vive no Morumbi, bairro nobre de S�o Paulo, para facilitar o deslocamento at� o Hospital Albert Einstein, onde trata um c�ncer de intestino grosso. Segundo a Veja, o ex-assessor de Fl�vio teve seu estado de sa�de agravado nos �ltimos tempos e, atualmente, se mant�m focado no tratamento oncol�gico.
Um amigo do ex-assessor, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), teria dito � Veja que a circurgia que ele fez no fim do ano, pouco depois do esc�ndalo envolvendo seu nome, n�o resolveu o tumor. "Ele escreveu que ainda estava baqueado", disse Amorim, que afirma trocar mensagens com Queiroz.

Movimenta��es suspeitas
Queiroz ficou conhecido depois que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou um valor suspeito em sua conta. A tese apresentada pelo Minist�rio P�blico � de que o montante teria conex�o a um sistema de coleta e repasse de dinheiro de funcion�rios do gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro quando o mesmo ainda era deputado estadual do Rio de Janeiro.
Inicialmente, a quantia foi justificada como um lucro de vendas de carros usados. Algum tempo depois, o ex-assessor mudou sua vers�o, afirmando que recolhia parte dos sal�rios dos funcion�rios do gabinete com o objetivo de contratar mais pessoas para a equipe do chefe, sem conhecimento do pr�prio.
O MP identificou uma emiss�o de cheques de Queiroz no valor de R$ 24 mil para a conta da atual primeira-dama Michelle Bolsonaro. A justificativa foi de que os dep�sitos foram realizados seriam para quitar um empr�stimo pessoal concedido pelo atual presidente Jair Bolsonaro.
N�o existe ordem de pris�o ou determina��o para depoimento emitida para Fabr�cio Queiroz. Em julho, o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, suspendeu as investiga��es criminais que utilizam, sem autoriza��o judicial, dados de �rg�os como o Coaf, Banco Central e Receita Federal. O ministro afirmou que levaria sua decis�o para o plen�rio do STF at� novembro.