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Estado de Minas POL�TICA

'Desafio � tornar permanentes as quedas nos �ndices de criminalidade', diz Moro


postado em 11/10/2019 11:23

O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, voltou a defender o recuo nos crimes ocorridos no Brasil desde o in�cio da sua gest�o, citando estat�sticas oficiais que revelam queda "significativa" entre os principais tipos de a��es criminosas. "Crime cresceu nos �ltimos 20 anos mesmo em per�odos de boa situa��o econ�mica. Impunidade segue sendo um grande problema. Grande desafio � tornar permanentes as quedas nos �ndices de criminalidade. Os n�meros remanescentes ainda s�o muito ruins", ponderou Moro.

As declara��es foram feitas em painel de abertura no segundo dia do F�rum de Investimentos Brasil 2019. O evento, realizado em S�o Paulo, � organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pela Ag�ncia Brasileira de Promo��o de Exporta��es e Investimentos (Apex).

O ministro atribuiu a queda na criminalidade a uma s�rie de iniciativas tomadas pelo governo federal, entre eles a cria��o do banco nacional de perfis gen�ticos. "O banco gen�tico servir� para cruzamento de dados nas investiga��es de crimes. N�o � uma inven��o tupiniquim. Estados Unidos t�m banco de dados com cerca de 12 milh�es de perfis. No Reino Unido, s�o 6 milh�es", argumentou Moro.

O ex-juiz tamb�m defendeu uma atua��o mais presente do governo federal junto aos entes estaduais no combate � criminalidade. "O governo federal n�o pode ignorar criminalidade na rua, que � responsabilidade da Pol�cia Militar. Estamos montando for�a tarefa federal, estadual e municipal em cidades mais violentas", observou o ministro.

Fim da Lava Jato

O ministro da Justi�a admitiu que a Lava Jato acabar� em algum momento, porque tem "come�o, meio e fim" e "nada dura para sempre". Para ele, o que est� em jogo n�o � a opera��o em si, mas, sim, o combate � corrup��o como um todo, que, na sua vis�o, tem de ser tratado como uma quest�o institucional, uma miss�o do Pa�s, e n�o de uma de uma for�a-tarefa. "Meu trabalho na Lava Jato acabou, mas permane�o firme nas minhas cren�as", disse.

A declara��o de Moro foi dada no f�rum, ap�s o tema ser levantado por um participante da plateia. Moro falava sobre iniciativa para o combate aos crimes cibern�ticos, quando uma pessoa perguntou em voz alta: "e a Lava Jato?". Moro acenou para que a pessoa aguardasse um pouco e, alguns minutos depois, o ministro come�ou a falar sobre a opera��o, embora j� tivesse feito alguns coment�rios sobre o tema durante o seu discurso.

"Existem grandes desafios que s�o permanentes, tanto no avan�o contra a corrup��o como contra a criminalidade. (Podem achar) que n�o � tarefa do governo federal, que cabe � Lava Jato, mas temos de avan�ar de forma institucional, como Pa�s, contra a corrup��o, contra a criminalidade, que ajuda no ambiente de neg�cios", afirmou o ministro.

Moro, ent�o, come�ou a discorrer sobre direitos humanos, mas, de repente, voltou a falar sobre a Lava Jato, ao afirmar que "precisamos resgatar a autoestima dos brasileiros". Ele j� havia dito no seu discurso que as conquistas da Lava Jato foram boas para resgatar a autoestima do brasileiro. Dessa vez, ele contou de uma pessoa que o encontrou na rua e disse que estava desiludido, mas que a Lava Jato o fez recuperar sua autoestima.

"O que est� em jogo n�o � a Lava Jato, � uma for�a-tarefa que tem come�o, meio e fim, nada dura para sempre, mas n�o podemos retroceder nesses avan�os, virar de costas e incorporar certos discursos, que n�o fazem sentido", afirmou. "H� analistas que dizem que a Lava Jato � culpada por problemas econ�micos. Ah, pelo amor de Deus. � a velha hist�ria de culpar o policial por descobrir o cad�ver do assassinato", disse.

Apesar de ter exaltado a Lava Jato, Moro ressaltou em seguida que seu trabalho na opera��o "acabou", mas que ele permanece "firme nas cren�as que tinha no passado". "Precisamos avan�ar e n�o retroceder, � um grande desafio, que n�o pode ser encarado s� quando o governo age sozinho, precisamos de apoio de outras institui��es e igualmente da sociedade", disse. "Este � o meu compromisso, estaremos l� sempre, � meu lema no Minist�rio", disse o ministro, aplaudido pela plateia.

Moro � recorrentemente citado como potencial candidato � Presid�ncia da Rep�blica. Ele ganhou notoriedade por ter sido juiz em primeira inst�ncia da Lava Jato. Logo ap�s a vit�ria de Jair Bolsonaro na elei��o presidencial, em 2018, foi convidado para assumir o Minist�rio da Justi�a e da Seguran�a P�blica. Desde ent�o, tem tocado uma agenda de combate � corrup��o e � criminalidade violenta, simbolizada pelo pacote anticrime, que tramita no Congresso.


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