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Estado de Minas POL�TICA

Sem acordo, CPI do BNDES caminha para n�o votar relat�rio


postado em 21/10/2019 21:53

Sem acordo, a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito do BNDES caminha para terminar em "pizza", ou seja, sem resultados. Nesta segunda-feira, 21, pela quarta sess�o seguida, os deputados derrubaram a vota��o do relat�rio final que pede o indiciamento de cerca de 70 pessoas entre elas pol�ticos, empres�rios e diretores do banco. O prazo final de discuss�o se encerra nesta ter�a, 22, e n�o h� perspectiva de acordo para levar o texto � vota��o.

"Estamos assistindo um processo muito claro para n�o se ter relat�rio", afirmou o presidente da CPI do BNDES, Vanderlei Macris (PSDB-SP).

De acordo com o presidente da CPI, a �nica sa�da para o texto ser votado � o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceitar um pedido para prorroga��o dos trabalhos. "Est� na m�os do Rodrigo Maia a decis�o de entregarmos ou n�o uma relat�rio ao povo brasileiro. Pe�o a prorroga��o dos trabalhos da CPI para podermos dar uma satisfa��o ao Pa�s", afirmou Macris.

O presidente da C�mara afirmou que ainda n�o tomou uma decis�o se aceita ou n�o o pedido. "Ele tem at� amanh� para votar. Ele precisa mobilizar os membros (da CPI)", afirmou Maia, que decidir� s� na tarde da ter�a-feira sobre a prorroga��o.

Desde a semana passada, o relator da CPI, Altineu C�rtes (PL-RJ), tenta costurar um acordo com o PT para que, ao menos, os empres�rios e empresas envolvidas no n�cleo econ�mico, entre eles os executivos da Odebrecht e da JBS, tenham seus indiciamentos sugeridos. Segundo o relator, sem o assentimento da demanda de deputados petistas, a comiss�o pode terminar em "pizza", ou seja, sem resultados.

"Essa � a terceira CPI do BNDES e se n�o tivermos um relat�rio aprovado teremos uma imensa pizza. A terceira pizza do BNDES", afirmou o relator Altineu C�rtes.

Na semana passada, o relator retirou de seu parecer a recomenda��o de indiciamento dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff por crimes de forma��o de quadrilha e corrup��o passiva no �mbito do banco p�blico. C�rtes retirou ainda os nomes de outras nove pessoas que ocuparam cargos no BNDES.

As altera��es ocorreram em meio � articula��o do PT junto a partidos do Centr�o pela mudan�a, e sob amea�as de rejei��o integral ao relat�rio de C�rtes na comiss�o. O PT manteve a obstru��o ao relat�rio caso o documento mantivesse o nome de outros integrantes dos governos petistas como os ex-ministros Fernando Pimentel, Ant�nio Patriota, Pepe Vargas e Miriam Belchior.

O movimento, liderado pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC), conseguiu adiar o in�cio da discuss�o por mais de tr�s horas. O movimento incomodou deputados da chamada bancada "lavajatista", favor�veis � investiga��o. "N�o podemos fazer dessa comiss�o um palco de condena��o sum�ria, sem ampla defesa", afirmou o petista.

"� um absurdo votar este relat�rio sem os nomes dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff", rebateu o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

Instalada em mar�o, a CPI tem como finalidade de "investigar a pr�tica de atos il�citos e irregulares no �mbito do BNDES ocorridos entre 2003 e 2015 e relacionados � internacionaliza��o de empresas brasileiras". O relat�rio de C�rtes aponta irregularidades em transa��es do banco com os grupos Odebrecht e J&F;, controladora da JBS.

De acordo com o texto, o n�cleo pol�tico - formado por Lula, Dilma e outros membros do governo - pressionou as inst�ncias de controle internos do Executivo para afrouxar restri��es a empr�stimos a pa�ses e empresas aliadas. Do banco, o relator sugere o indiciamento de diretores e do ex-presidente Luciano Coutinho. Entre executivos, citou nomes de Odebrecht, Braskem, JBS e Bertin j� envolvidos em outras investiga��es, como Em�lio e Marcelo Odebrecht e Joesley e Wesley Batista.

Defesas

Em nota, Coutinho disse que as conclus�es do relat�rio s�o infundadas e que reafirma "a certeza sobre a corre��o dos trabalhos t�cnicos e decis�es colegiadas do BNDES". A defesa de Lula diz que ele n�o cometeu il�cito em sua passagem pela Presid�ncia e que as "acusa��es de advers�rios do PT na CPI do BNDES n�o t�m qualquer fundamenta��o e s�o de natureza pol�tica".


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