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Estado de Minas POL�TICA

Witzel nega ter vazado informa��es das investiga��es sobre caso Marielle

Governador do Rio disse que fala de Jair Bolsonaro foi feita em momento de 'descontrole emocional'


postado em 30/10/2019 14:43 / atualizado em 30/10/2019 15:29

(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil )
(foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil )

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), negou nesta quarta-feira, 30, ter vazado qualquer informa��o das investiga��es sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Acusado do vazamento pelo presidente Jair Bolsonaro, Witzel afirmou que nem mesmo teve acesso a documentos do caso, que corre em segredo de Justi�a.

Ele lamentou que o presidente, "num momento talvez de descontrole emocional", tenha feito acusa��es a ele. Disse esperar um pedido de desculpas como o que foi dirigido pelo presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela publica��o de v�deo em que � comparado a um le�o atacado por hienas. Uma delas � a Corte Suprema.

"Eu jamais vazei qualquer tipo de documento. (Nem) Sequer tive acesso a documentos que constem dessa investiga��o. Se esse documento vazou, como foi apresentado ontem por uma emissora de televis�o, que a Pol�cia Federal investigue", afirmou o governador.

"Se est� no Supremo Tribunal Federal pode ter vazado ali dentro, em qualquer outro �rg�o. Tem que ser investigado. A investiga��o pode ser da PF, at� porque h� interesse da Uni�o, e eu estou � disposi��o", disse durante a inaugura��o do programa Seguran�a Presente, em Nova Igua�u, na Baixada Fluminense.

Ao rebater as declara��es de Bolsonaro, Witzel disse que recebeu "com muita tristeza" o que classificou de "levianas acusa��es". Ele mencionou por diversas vezes sua carreira na magistratura e chegou a dizer que em 17 anos nunca vazou nada, "muito menos intercepta��o telef�nica".

 Era uma refer�ncia indireta ao suposto vazamento de liga��es pelo atual ministro Sergio Moro enquanto juiz da Lava Jato. O governador do Rio destacou que respeita as institui��es. Disse esperar que Bolsonaro reflita e pe�a desculpas ao povo do Rio de Janeiro.

"N�o manipulo o Minist�rio P�blico, n�o manipulo a Pol�cia Civil. Isso � absolutamente inadequado, contr�rio �s institui��es democr�ticas. A Pol�cia Civil no meu governo tem independ�ncia, o Minist�rio P�blico tem e sempre ter� independ�ncia e, infelizmente, eu recebi com muita tristeza essas levianas acusa��es", disse.

De acordo com reportagem exibida no Jornal Nacional, da TV Globo, um porteiro do condom�nio de Bolsonaro, no Rio, afirmou � Pol�cia Civil que, �s 17h10 de 14 de mar�o de 2018 (horas antes do crime), um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pelo duplo homic�dio) entrou no condom�nio Vivendas da Barra dirigindo um Renault Logan prata.

Ele afirmou que iria � casa 58, que pertence a Bolsonaro e onde morava o hoje presidente, na �poca deputado federal. Ronnie Lessa, outro acusado pelo crime, era vizinho do presidente, na casa 65. Teria sido � casa dele que Elcio teria se dirigido.

Conforme registros da C�mara, entretanto, o ent�o deputado estava em Bras�lia. Em uma transmiss�o em v�deo nas redes sociais na noite de ontem, Bolsonaro, que est� no exterior, criticou fortemente a reportagem. Tamb�m atribuiu o vazamento de informa��es do inqu�rito a Witzel, seu advers�rio pol�tico e aspirante a candidato � Presid�ncia em 2022.

O clima entre Bolsonaro e Witzel azedou recentemente, depois que o governador manifestou, em mais de uma ocasi�o, que quer disputar a elei��o presidencial. Em evento no Rio, em outubro, Bolsonaro citou "inimigos internos", mirando o governador. Na transmiss�o ao vivo realizada na noite de ontem, de um hotel na Ar�bia Saudita, o presidente citou Witzel diversas vezes. Disse que ele s� se elegeu por ter ficado, na campanha eleitoral, "colado" a seu filho, o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL).


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