
O Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) afirmou na tarde desta quarta-feira, 30, que quem autorizou a entrada de �lcio Vieira de Queiroz no condom�nio em que moram Ronnie Lessa e o presidente Jair Bolsonaro foi o pr�prio Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco. �lcio � quem teria dirigido o carro durante o ato do crime.
“(O porteiro) mentiu. Pode ser por v�rios motivos. E esses motivos ser�o apurados. O fato � que as liga��es comprovam que quem autorizou foi Ronnie Lessa”, afirmou Simone Sibilio, coordenadora do Gaeco.
Apesar de a declara��o do porteiro conter, em tese, alega��es falsas, o depoimento foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 10 de outubro, junto com as planilhas e os �udios. Isso porque a simples men��o ao presidente Jair Bolsonaro, deputado federal � �poca do crime, j� faz com que seja necess�rio subir o caso, por causa do foro privilegiado.
O �udio do interfone do condom�nio foi cruzado com outro �udio de Lessa pelo MP, a fim de comprovar que aquela era sua voz. Al�m disso, o hor�rio batia com o que constava na planilha de entrada no Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio.
“Todas as pessoas que prestam falsos testemunhos podem ser processadas”, disse Sibilio. “Se ele esqueceu, se ele mentiu... qualquer coisa pode ter acontecido. Ele pode esclarecer. Simples assim.”
O caso estava em sigilo at� esta quarta-feira. Mas, segundo as promotoras, o vazamento de informa��es e o fato de os r�us presos Lessa e �lcio j� terem prestado depoimento fizeram com que as informa��es fossem tornadas p�blicas. Elas convocaram uma coletiva de imprensa para fornecer as informa��es.
Na coletiva, o MP tamb�m divagou sobre a hip�tese de que o governador WIlson Witzel teria tido acesso ao depoimento do porteiro. Bolsonaro o acusou de ter vazado o relato para o prejudicar.
Outro ponto comentado pelas promotoras foi a suposta ordem dada pelo ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Braz�o, acusado de integrar mil�cia, de ordenar o crime. O inqu�rito da Pol�cia Federal o aponta como mandante. O MP do Rio, por�m, disse que na investiga��o estadual "n�o h� nenhuma prova concreta que envolva o Domingos Braz�o no crime.”