O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu em entrevista � jornalista Leda Nagle medidas dr�sticas - como "um novo AI-5" - para conter manifesta��es de rua como as que ocorrem no Chile atualmente. O filho "03" do presidente Jair Bolsonaro j� havia afirmado em discurso no plen�rio da C�mara na �ltima ter�a-feira, 29, que a pol�cia deveria ser acionada em caso de protestos semelhantes e o Pa�s poderia ver a "hist�ria se repetir". Na ocasi�o, ele n�o se referiu a que per�odo se referia.
"Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legisla��o aprovada via plebiscito, como ocorreu na It�lia. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.
O Ato Institucional n� 5 foi o mais duro institu�do pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da Rep�blica o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos munic�pios e Estados. Tamb�m suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus. A partir da medida, a repress�o do regime militar tornou-se mais dura.
A Constitui��o de 1988 rejeita instrumentos de exce��o e destaca, em seu primeiro artigo, como um de seus princ�pios fundamentais, que a Rep�blica Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democr�tico de Direito.
A declara��o ocorreu em resposta a uma pergunta sobre a participa��o do Foro de S�o Paulo nas manifesta��es chilenas. Eduardo disse que dinheiro do BNDES foi usado por Cuba e Venezuela para financiar movimentos de esquerda na Am�rica Latina. "N�s desconfiamos que esse dinheiro vem muito por conta do BNDES que, no tempo de Dilma e Lula (...)", diz Eduardo, sem concluir a frase. "Por que n�o achar que esse dinheiro vai voltar 'pra' c� para fazer essas revolu��es?", questionou de forma ret�rica. "Agora eles t�m condi��es de financiar, de bancar isso num n�vel muito maior aqui na Am�rica Latina", complementou.
"A gente, em algum momento, tem que encarar de frente isso da�. Vai chegar um momento em que a situa��o vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam, sequestravam grandes autoridades como c�nsules, embaixadores, execu��o de policiais, de militares", disse.
"� uma guerra assim�trica, n�o uma guerra onde voc� est� vendo seu inimigo do outro lado e voc� tem que aniquil�-lo, como acontece nas guerras militares. � um inimigo interno, de dif�cil identifica��o aqui dentro do Pa�s. Espero que n�o chegue a esse ponto, mas a gente tem que estar atento."
Durante a campanha eleitoral, um v�deo em que Eduardo afirma ser necess�rio apenas "um cabo e um soldado" para fechar o Supremo Tribunal Federal causou pol�mica. Na entrevista � Leda Nagle, ele diz que apenas citou uma brincadeira que ouviu na rua.
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