'O lugar de Palocci � na cadeia', reage advogado da Camargo Corr�a

O criminalista Celso Vilardi, que representa a empreiteira Camargo Corr�a, disse que "o lugar do sr. Palocci � na cadeia". Vilardi est� indignado com as buscas da Pol�cia Federal, realizadas nesta quinta, 7, no �mbito da Opera��o Appius, com base na dela��o do ex-ministro dos Governos Lula e Dilma.

"A partir de agora, de forma incans�vel, comprovaremos a mentira e exigiremos um processo contra o sr. Palocci por denuncia��o caluniosa e o retorno dele � pris�o, que � o seu lugar."

Em um cap�tulo de sua colabora��o premiada, fechada com a Pol�cia Federal em Curitiba, Palocci disse que a empreiteira teria repassado R$ 50 milh�es em propinas para que o governo petista viabilizasse a anula��o da Opera��o Castelo de Areia, em 2009 - investiga��o que citava a Camargo Corr�a e supostos pagamentos a pol�ticos.

Parte do dinheiro teria sido entregue ao ent�o presidente do Superior Tribunal de Justi�a, C�sar Asfor Rocha.

Hoje aposentado e com escrit�rio de advocacia em S�o Paulo, o ex-ministro tamb�m � alvo de buscas da PF.

Palocci foi preso na Opera��o Omert�, fase 35 da Opera��o Lava Jato, em setembro de 2016. Condenado a 12 anos e dois meses de pris�o pelo ent�o juiz S�rgio Moro, o petista decidiu fazer dela��o premiada.

Em novembro do ano passado ele deixou a pris�o da Lava Jato e foi para casa.

"Eu considero que essa opera��o � um verdadeiro absurdo porque a dela��o do sr. Palocci n�o encontra respaldo sequer nas datas reais", afirma Celso Vilardi. "Ele mentiu sobre a data da liminar."

A Castelo de Areia foi deflagrada em 2009, por ordem do ent�o juiz da 6� Vara Criminal Federal de S�o Paulo, hoje desembargador, Fausto Martin de Sanctis. Em 2010, Asfor Rocha, liminarmente, mandou suspender o inqu�rito da PF. Em 2011, a Sexta Turma do STJ confirmou a decis�o de Asfor Rocha e decretou o fim da investiga��o sob argumento de que ela teve in�cio com base em uma den�ncia an�nima.

"A decis�o do ent�o ministro C�sar Asfor Rocha n�o anulou a Opera��o Castelo de Areia", lembra Vilardi. "Foi uma decis�o que suspendeu o inqu�rito policial por catorze dias. A liminar foi mantida pela Sexta Turma do STJ."

O criminalista destaca que, depois, a ordem foi concedida pela Sexta Turma da Corte. "Mais tarde, referida decis�o foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal que, naquela oportunidade, afirmou, por sua Primeira Turma, que a decis�o do STJ estava correta e de acordo com a jurisprud�ncia do STF."

Vilardi revela sua indigna��o. "� espantoso que uma dela��o recusada pelo Minist�rio P�blico Federal de Curitiba, considerada a 'dela��o do fim da picada', possa gerar buscas e apreens�es, sem qualquer elemento de corrobora��o e com uma narrativa que n�o guarda rela��o nem mesmo com as datas."

Com a palavra, a defesa de Palocci

A reportagem busca contato com a defesa do ex-ministro. O espa�o est� aberto para manifesta��es.