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Estado de Minas POL�TICA

Em discurso, Lula ataca ministro S�rgio Moro e procurador Dallagnol


postado em 09/11/2019 16:51

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou, na tarde deste s�bado (9), a centenas de militantes que estavam em frente ao Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Bernardo do Campo (SP), que precisava provar "que o juiz Moro (agora ministro) n�o � juiz, mas um canalha, e que Dalagnol (Deltan) n�o era promotor". "Eu tenho mais uns dez processos nas costas, mas � uma mentira atr�s da outra. Voc�s viram que inventaram uma mentira e tentaram prender a Dilma", disse Lula.

O ex-presidente disse tamb�m que o atual presidente, Jair Bolsonaro, deve sua elei��o ao ex-juiz federal e atual ministro da Justi�a. "Elei��o de Bolsonaro tamb�m se deve � campanha de fake news feita contra o [Fernando] Haddad", disse o petista durante o discurso. Este � o segundo discurso de Lula depois de ter deixado ontem (8) a carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba (PR).

Lula afirmou que se preparou porque queria provar que dorme com a consci�ncia mais tranquila do que seus "algozes". "Durmo com a consci�ncia tranquila de um homem justo e honesto. Duvido que Moro durma com a consci�ncia tranquila que eu durmo (sic). Duvido que Bolsonaro durma com a consci�ncia tranquila que eu durmo. Duvido que o ministro destruidor de empregos o [ministro da Economia, Paulo] Guedes durma com a consci�ncia tranquila que eu durmo", afirmou do discurso.

"A �nica coisa que tenho certeza � de que estou com mais coragem de lutar do que antes. Quero construir um Pa�s com a mesma alegria que constru�mos quando governamos o Brasil", acrescentou.

Ainda de acordo com o petista, "esse cidad�o [Bolsonaro] foi eleito e aceitamos o resultado da elei��o". Ele disse, ainda, que Bolsonaro foi eleito para governar para o povo e n�o para milicianos.

O ex-presidente que precisa voltar a andar com seus companheiros, entre eles, Fernando Haddad, para mudar a realidade do Pa�s. Ele ressaltou que est� vendo a queda da taxa b�sica de juros, a Selic, mas que os juros do cart�o de cr�dito, do cheque especial e do credi�rio das Casas Bahia continuam altos. "A Selic caiu, mas o spread banc�rio, n�o. Ent�o � preciso tomar uma decis�o: Eu estou disposto a volta a andar por este Pa�s porque n�o � poss�vel ver neste Pa�s vendo cada dia os ricos mais ricos e os pobres, mais pobres."

Lula afirmou, ainda, que vai trabalhar para a esquerda voltar ao poder em 2022. "Se a gente fizer direitinho, em 2022, a chamada esquerda que o Bolsonaro tem tanto medo vai derrotar a ultradireita. Este Pa�s n�o merece o governo que tem", afirmou, ressaltando que o presidente Jair Bolsonaro manda os filhos contarem mentiras todos os dias nas redes sociais, publicando 'fake news'. "N�o temos [na esquerda] que ficar brigando. Temos de dizer em alto e bom som: n�s n�o vamos permitir que eles destruam o nosso Pa�s", disse.

Ao falar diretamente com militantes, Lula afirmou que n�o se podia falar palavr�o para Bolsonaro, uma vez que "ele j� � o pr�prio palavr�o".

O ex-presidente afirmou que o Chile � o modelo de pa�s que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer construir no Brasil. "Governo deve explicar esse projeto econ�mico que vai empobrecer a sociedade brasileira", disse. "A aposentadoria do Chile � o que Guedes quer implantar aqui", afirmou.

"Quero que Bolsonaro explique o que chama de destrui��o do BNDES, Banco do Brasil, da Petrobras", ressaltou. O petista tamb�m citou a "nova classe pol�tica" que considera financiada por companhias como Ambev, XP, Ita� e Bradesco.

Sobre o cen�rio da Am�rica Latina, para Lula, atualmente, ocorre na Bol�via o mesmo que o ex-senador A�cio Neves (PSDB) fez com a ex-presidente Dilma Rousseff ap�s as elei��es. O petista citou a vit�ria de Evo Morales na Bol�via e de Alberto Fernandez, na Argentina. Mais cedo, o novo presidente argentino chegou a se pronunciar dizendo que trabalhar� pela uni�o Brasil e Argentina que considera indissol�vel.

Em contrapartida, o petista criticou o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, e afirmou: "n�o podemos aceitar a ideia de construir um muro" entre Estados Unidos e M�xico, para conter a imigra��o ilegal.

Ao final de seu pronunciamento em frente ao Sindicato dos Metal�rgicos, o ex-presidente Lula da Silva refor�ou o pedido de apoio � milit�ncia e afirmou que pretende fazer um novo pronunciamento ao povo brasileiro dentro de 20 dias. "N�o queria fazer esse pronunciamento hoje, pois qualquer palavra mais dura que eu dissesse, j� iriam falar que � �dio, raiva", afirmou.

"Precisamos da juventude na rua. Estarei na rua junto com voc�s. Ou a juventude briga agora ou o futuro ser� um pesadelo", ressaltou.

Junto a ele, Lula pediu a presen�a da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, e do ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad para seguir pelas ruas. "Vamos lutar pelos direitos dos trabalhadores. Se estiv�ssemos no governo, a Ford n�o teria fechado", exemplificou.

Para o petista, a milit�ncia da esquerda brasileira precisa seguir o exemplo dos povos do Chile e da Bol�via, e focar na resist�ncia. Ele ressaltou que os deputados do PT devem brigar para impedir que a pauta do atual governo avance no Congresso. Como pr�xima etapa judicial, Lula ressalta que quer o julgamento de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), anulando os processos dos quais � r�u.


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