O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 18, que poder� assumir a presid�ncia da sigla que, ao lado de dissidentes do PSL, ir� formar nos pr�ximos dias. Batizada de Alian�a pelo Brasil, o novo partido ter� seu processo de forma��o iniciado numa conven��o marcada para esta quinta-feira, 21, em Bras�lia. Questionado sobre a possibilidade de presidir o partido, afirmou: "Acho que sim."
O desfecho j� era esperado. Desde a semana passada, quando o an�ncio da nova sigla foi feito, parlamentares j� diziam que Bolsonaro assumir a presid�ncia da sigla seria o caminho mais natural e �bvio. "O partido � do presidente Bolsonaro e das pessoas que s�o fi�is ao que ele sempre defendeu", resumiu a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), na semana passada.
A cria��o da sigla � o desfecho de uma disputa que come�ou em outubro, com uma declara��o do pr�prio presidente. A apoiadores, ele afirmou, que o presidente do PSL, Luciano Bivar, estava "queimado para caramba". A afirma��o, que estava longe de ser um deslize, foi a deixa para iniciar um r�pido desgaste, seguido da solu��o esperada pelo grupo do presidente.
A expectativa � de que, dos 53 deputados do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, 27 o acompanhem na nova legenda. O grupo bolsonarista dever� permanecer no PSL at� que o novo partido esteja aprovado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A estrat�gia se explica. Caso os parlamentares deixem agora a sigla, h� o risco de perda do mandato.
Assim como na elei��o de Bolsonaro, a ideia � se valer do apoio da tecnologia para colher assinaturas necess�rias para a cria��o da nova sigla, em v�rios Estados do Pa�s. Tamb�m ficou definido que o presidente Bolsonaro vai usar redes sociais, dele e de aliados, para chamar pessoas dispostas a atuar na coleta de assinatura para a cria��o do partido.
Por enquanto, a ideia � de que a executiva do partido tenha 15 integrantes. Al�m de 27 bolsonaristas dispostos a migrar para a nova legenda, haveria outros 10 parlamentares, hoje em outros partidos, interessados em ir para o Alian�a pelo Brasil, segundo informou Zambelli.
Ao deixar o PSL, parlamentares est�o conscientes de que perder�o tempo na TV e tamb�m fundo partid�rio. Mas, para a deputada, esse � um fato menor. Ela argumenta que muitos dos pol�ticos do PSL se elegeram sem essas condi��es e com financiamentos de campanha por meio de "vaquinhas". Algo que, de acordo com ela, poder� ser repetido.
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