'N�o h� arrependimento', diz deputado que arrancou cartaz sobre racismo

"N�o h� arrependimento. Quem foi atacada foi a Pol�cia Militar", afirma o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) que entrou no centro do debate pol�tico nesta ter�a-feira, 19, ao arrancar um cartaz em um exposi��o sobre o racismo na C�mara.

Na imagem, um policial de arma na m�o e um rapaz negro estendido no ch�o, com a camisa do Brasil e algemado. No cartaz, lia-se a frase "O genoc�dio da popula��o negra".

O ato do deputado provocou rea��o imediata de deputados que acusaram o militar de racista. Tadeu se defende elogiando a exposi��o e negando qualquer tipo de preconceito.

Por que o senhor arrancou o cartaz?

A exposi��o � maravilhosa, sobre racismo. Sou favor�vel � pauta. Mas, no meio de tanto cartaz bonito, voc� v� uma agress�o como essa contra a Pol�cia Militar? Isso � inaceit�vel.

O senhor se arrepende de seu ato?

Essa � uma casa de debate e, por ser a casa do debate, voc� precisa incentivar cada vez mais esse debate. N�o me sinto arrependido. Fiz o meu papel eleito por quase 100 mil fam�lias de policiais do Estado de S�o Paulo. S� que, no momento em que venho para a C�mara dos Deputados, eu deixo de representar os policiais e passo a representar toda a sociedade. Eu n�o poderia admitir uma agress�o daquela altura. Quem sabe que a forma n�o foi t�o acertada, mas a medida foi correta. N�o h� arrependimento. Quem foi atacada foi a Pol�cia Militar.

O senhor fala em contraponto, mas j� havia um of�cio da Frente de Seguran�a P�blica pedindo a retirada do material. O senhor n�o acha que ultrapassou o limite?

Infelizmente, eu n�o sabia que havia o of�cio. Se eu soubesse que havia um pedido formal de retirada, eu n�o teria feito isso. Meu estilo n�o � de usar esse tipo de atitude.

O senhor est� sendo acusado de ter quebrado o decoro parlamentar...

De jeito nenhum. N�o ofendi um parlamentar. N�o ofendi nenhuma pessoa. Simplesmente eu exerci o meu mandato. Mais do que nunca defender quem precisa ser defendido. E, aqui, estamos tratando de uma agress�o e n�o de uma exposi��o. Estamos tratando de uma agress�o a um determinado p�blico. E isso n�o pode ser permitido.

O senhor foi acusado de racismo por essa atitude...

Nesse momento as v�timas de racismo foram os pol�cias que foram acusados de serem os executores, homicidas. A mensagem � impr�pria e n�o deveria estar dentro da C�mara dos Deputados.

A sua atitude hoje ocorre no dia em que est� confirmado que a morte da menina Agatha Moreira, de oito anos, no Rio, foi causada por um tiro partido por um policial...

Pergunta ao policial se ele queria matar a menina. Quantas v�timas de bala perdida n�s temos. O fato de ser hoje � apenas uma mera coincid�ncia. Aquele proj�til n�o tinha aquele endere�o e, infelizmente, ele vitimou uma crian�a. Pol�cia n�o quer matar inocente.