O Departamento de Justi�a dos Estados Unidos tem tr�s acusa��es por conspira��o contra o ex-presidente da petroqu�mica Braskem, Jos� Carlos Grubisich, preso na ter�a, 19, em Nova York. Documento do Departamento imputa a Grubisich: conspira��o para violar o dispositivo anti-propina da lei americana Foreign Corrupt Practices Act; conspira��o para violar livros e registros da empresa - tamb�m prevista na FCPA -, al�m de falha em certificar relat�rios financeiros; e conspira��o para cometer lavagem de dinheiro internacional.
Em audi�ncia, Grubisich declarou ser inocente perante o juiz Raymond Dearie, da Corte Distrital da regi�o leste de Nova York.
Segundo os EUA, as acusa��es t�m rela��o com o papel desempenhado pelo ex-executivo da petroqu�mica em um esquema �massivo� de pagamento de propinas envolvendo a Braskem e a Odebrecht que resultou no desvio de cerca de US$ 250 milh�es da empresa para um fundo de Caixa 2.
Tal fundo era supostamente gerado por pagamentos feitos pelas contas da Braskem no Brasil, em Nova York e na Fl�rida, nos termos de contratos fraudulentos celebrados com empresas de fachada controladas pela petroqu�mica.
No texto, al�m de contextualiza��es gerais sobre os supostos crimes de Grubisich, cada uma das duas primeiras acusa��es lista nove �atos manifestos� do ex-executivo, indicando momentos espec�ficos em que o ex-presidente da Braskem teria cometido os atos il�citos.
Com rela��o ao pagamento de propinas, os itens tratam desde orienta��es supostamente passadas pelo ex-executivo a outros agentes envolvidos no esquema - para negocia��o e autoriza��o de propinas, apresenta��o de operadores, entre outros - at� indica��es de transfer�ncias, feitas a partir de contas de bancos de Nova York, para pessoas f�sicas e jur�dicas.
J� quanto � acusa��o sobre viola��o de registros, o relat�rio das autoridades americanas aponta falsos contratos e certificados de fraude fraudados, al�m de indicar os valores supostamente transferidos pela Braskem para fundos de Caixa 2.
Segundo nota do Departamento de Justi�a dos EUA, enquanto presidente da Braskem, Grubisich teria concordado em falsificar os registros da petroqu�mica para que os pagamentos para as empresas de fachada fossem classificados como �comiss�es�.
A terceira acusa��o, por sua vez, trata da realiza��o de transfer�ncias sucessivas de contas dentro e fora dos Estados Unidos, opera��es realizadas objetivando a continua��o das pr�ticas il�citas, segundo o Departamento de Justi�a.
O �rg�o apontou ainda que em outras acusa��es, separadas, contra a Braskem e a Odebrecht pelo envolvimento no esquema de lavagem e propinas, a petroqu�mica e a empreiteira se declararam culpadas.
COM A PALAVRA, A DEFESA
A reportagem busca contato com a defesa do ex-presidente da Braskem. O espa�o est� aberto para manifesta��es.
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