
O caso apura den�ncia contra Temer por ocultar R$ 1,6 milh�o em propinas por meio de reformas e obras na casa de Maristela. Al�m do ex-presidente, respondem � a��o o coronel reformado da Pol�cia Militar de S�o Paulo Jo�o Baptista Lima Filho, o coronel Lima, velho amigo e suposto intermedi�rio de Temer, e sua esposa Maria Rita Fratezi.
O desembargador Jos� Lunardelli, relator do caso, deu provimento � a��o do Minist�rio P�blico Federal e foi seguido, de forma un�nime, pelas ju�zas federais M�nica Bonavina e Raicler Balbresca, convocadas para atuar no TRF-3 durante as f�rias dos desembargadores Nino Toldo e Fausto de Sanctis.
Temer se tornou r�u nesta a��o em abril deste ano. Segundo a den�ncia apresentada pela Lava-Jato, as obras na casa de Maristela ocorreram entre 2013 e 2014 e teriam sido bancadas com dinheiro de corrup��o e desvios que teriam ocorrido entre 2012 e 2016.
A for�a-tarefa afirma que o "Quadrilh�o do MDB" teria arrecadado propina da Engevix para que a empreiteira assumisse obras de engenharia nuclear na usina de Angra 3 por meio da AF Consult Brasil, empresa do coronel Lima. Os desvios teriam chegado a quase R$ 11 milh�es em recursos p�blicos destinados �s obras da usina.
Pris�o
Em mar�o, o ex-presidente Michel Temer foi alvo de um mandado de pris�o preventiva expedido pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, respons�vel pelos casos da Lava Jato no Estado fluminense. O emedebista obteve uma liminar que perdurou at� maio, quando foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o.
Temer foi preso no �mbito da Opera��o Descontamina��o, desdobramento da Lava Jato Rio, a partir das dela��es do empres�rio Jos� Antunes Sobrinho, ligado � Engevix. De acordo com a Pol�cia Federal, Sobrinho fala em seu acordo sobre "pagamentos indevidos que somam R$ 1,1 milh�o, em 2014, solicitados por Jo�o Baptista Lima Filho e pelo ministro Moreira Franco, com anu�ncia do Excelent�ssimo Senhor Presidente da Rep�blica Michel Temer, no contexto do contrato da AF Consult Brasil com a Eletronuclear".
Os valores, segundo o delator, teriam sido depositados em conta corrente em nome da empresa PDA Projeto, que tem o coronel Lima, amigo de Temer, e sua esposa, Maria Rita Fratezi, por meio de um contrato simulado com a Alumi Publicidade.
Temer se entregou no dia 09 de maio. Cinco dias depois, o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) mandou soltar o ex-presidente e ele deixou quartel do Comando de Policiamento de Choque em S�o Paulo. Atualmente, o emedebista � r�u em seis a��es penais que tramitam em Bras�lia, S�o Paulo e no Rio.