Para Moro, volta da condena��o ap�s segunda inst�ncia � 'imprescind�vel'

Em discurso na C�mara dos Deputados pelo Dia Internacional do Combate � Corrup��o, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro fez um apelo aos parlamentares pela volta da condena��o ap�s segunda inst�ncia. "Temos de olhar a frente, h� alguns reveses contra corrup��o, que n�o vieram do governo, temos de trabalhar. Temos de olhar para o futuro e para esse futuro � imprescind�vel a volta da condena��o em segunda inst�ncia. Por emenda constitucional ou projeto de lei, essa decis�o cabe ao Congresso Nacional e aos parlamentares", disse Moro no plen�rio da C�mara.

Atualmente, h� dois projetos principais que tramitam no Congresso Nacional. Na C�mara, est� a proposta de emenda constitucional (PEC), de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP). J� no Senado, � analisado o projeto de lei relatado pela Ju�za Selma (Podemos-MT), que prop�e mudan�as no C�digo Penal.

Minutos antes da fala de Moro, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que presidia a sess�o solene, defendeu a aprova��o do projeto do Senado. Para os lavajavistas, � a medida com maior chance para ser aprovada e com mais celeridade.

Moro, por sua vez, se mostrou otimista com a aprova��o de algum dos dois projetos. "Pelo que tenho observado h� muitos parlamentares sens�veis a essa necessidade, a responder essas ansiedades da popula��o", disse.

Para celebrar a data, Moro fez uma breve retrospectiva sobre a Lava Jato. "Avan�amos muito como Pa�s no enfrentamento da corrup��o nos �ltimos anos, um quadro absolutamente diferente do que t�nhamos h� 5 ou 6 anos", disse. "L� tr�s n�s nunca acreditar�amos que um esquema de corrup��o, de suborno como o revelado na opera��o lava jato pudesse ser descoberto, provado e os respons�veis serem levados � for�a da Justi�a", afirmou.

O ex-juiz afirmou que, agora no governo do presidente Jair Bolsonaro, vai continuar trabalhando no combate � corrup��o e, apesar, da segunda inst�ncia ser para ele agora "imprescind�vel", n�o � a �nica medida necess�ria.

Na quarta-feira passada, dia 4, a C�mara aprovou uma vers�o desidratada do pacote anticrime enviado ao Congresso, por Moro. Parlamentares reclamaram da falta de articula��o pol�tica do Pal�cio Planalto para defender o projeto.