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Estado de Minas POL�TICA

Subs�dio para igrejas op�e alas do governo


postado em 11/01/2020 07:25

As tens�es entre a ala pol�tica e a equipe econ�mica t�m aumentado no governo Jair Bolsonaro. O pedido do presidente para que seja concedido subs�dio nas contas de luz de templos religiosos exp�s um racha cada vez mais frequente e, at� ent�o, mantido nos bastidores.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou ontem, embora o movimento seja para beneficiar templos religiosos de forma ampla, os evang�licos s�o o alvo da medida. A "bancada da B�blia" � hoje a principal base de sustenta��o do governo e Bolsonaro tem atendido suas reivindica��es desde que assumiu a Presid�ncia. A influ�ncia de l�deres evang�licos sobre o Planalto � cada vez maior e o pr�prio presidente j� disse que quer t�-los por perto na administra��o.

As diverg�ncias tamb�m ocorreram na pol�tica de reformula��o do programa Bolsa Fam�lia, nas discuss�es sobre o fim do subs�dio para pain�is solares e no reajuste salarial de policiais do Distrito Federal. A aliados, Bolsonaro admitiu estar "entalado" com as restri��es impostas pela �rea econ�mica a esses planos.

O Minist�rio da Economia confirmou ontem que o desconto para as tarifas de energia das igrejas est� sendo analisado pelas �reas t�cnicas. Com o ministro Paulo Guedes fora de Bras�lia desde o fim de dezembro, a orienta��o de seus assessores foi a de esperar o seu retorno para administrar o problema.

Nos bastidores, a equipe econ�mica se posicionou contra a concess�o do que vem sendo chamado de "d�zimo el�trico", que vai contra a agenda de redu��o do custo da energia, insumo fundamental para a retomada do crescimento. A edi��o de um decreto para permitir o benef�cio j� foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

Em busca da recupera��o de sua popularidade, Bolsonaro tem privilegiado os grupos mais identificados com sua base de apoio, como evang�licos e policiais, e tenta, agora, avan�ar na dire��o da popula��o dependente de programas sociais criados durante governos petistas. A prioridade ao atendimento de demandas dos religiosos j� tem causado ciumeira entre aliados.

O presidente deixou clara sua insatisfa��o com Guedes nesta semana, ao reclamar publicamente do fato de que o ministro da Economia n�o o atendeu quando ligou para falar sobre a alta do petr�leo. Observadores consideram n�o ser coincid�ncia que Bolsonaro tenha dado ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a tarefa de criar um fundo de compensa��o para amortecer os pre�os dos combust�veis - ideia rejeitada pela equipe econ�mica.

Na avalia��o da equipe econ�mica, o maior fator de risco para o governo tem sido o pr�prio governo. Se atender os religiosos, t�cnicos preveem que a tentativa de barrar ou acabar com benef�cios de outros grupos de interesse ser� ainda mais desafiadora. No in�cio da semana, Bolsonaro desautorizou declara��es sobre o fim do subs�dio a pain�is solares e amea�ou demitir quem o contrariasse.

Policiais

Articulado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Jorge Oliveira, o reajuste para as pol�cias civil e militar do Distrito Federal de at� 25% pegou a �rea econ�mica de surpresa. Por meio de notas t�cnicas contr�rias � proposta, o minist�rio conseguiu barrar a publica��o de uma medida provis�ria pronta, mas o tema ainda ser� tratado no Congresso por meio de projeto de lei.

O Minist�rio da Economia tamb�m resiste aos planos do ministro da Cidadania, Osmar Terra, de ampliar o alcance do Bolsa Fam�lia e ampliar o gasto p�blico em mais R$ 16,5 bilh�es, al�m dos R$ 29,5 bilh�es j� previstos no Or�amento. Para a equipe econ�mica, h� disponibilidade para apenas mais R$ 4 bilh�es. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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