PGR denuncia Ciro Nogueira por R$ 7,3 Mi em propinas da Odebrecht

A Procuradoria-Geral da Rep�blica denunciou, nesta segunda-feira, 10, o senador Ciro Nogueira (Progressista/PI) por supostas propinas de R$ 7,3 milh�es da Odebrecht. A ele, o Grupo da Lava Jato na PGR atribui os crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Seu assessor, Lourival Nery, apontado como suposto intermedi�rio dos repasses da empreiteira, tamb�m foi denunciado. A pe�a ainda acusa outras quatro pessoas, incluindo ex-executivos da Odebrecht.

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A den�ncia, assinada pela subprocuradora-geral, Lind�ra Maria Ara�jo, estabelece um elo entre as propinas da empreiteira e o esc�ndalo de corrup��o na Petrobr�s. Segundo ela, o homem forte do PP na estatal, Paulo Roberto Costa - ex-diretor e atualmente delator -, arrecadava os valores aos parlamentares da legenda em duas frentes. Em uma, atuaria pela contrata��o de empresas com as quais j� haveria um acerto com o PP, e na outra, de acertar os repasses diretamente com as empreiteiras.

De acordo com a acusa��o, em troca de atuar por medidas e leis favor�veis � Braskem, do grupo Odebrecht, Ciro Nogueira teria recebido os valores.

Segundo a Procuradoria, a vers�o inicial dos delatores foi de que, em 2014, Nogueira teria recebido R$ 1,3 milh�o, mas as investiga��es rastrearam uma cifra bem mais alta, que atinge os R$ 7,3 milh�es, que teria se estendido at� fevereiro de 2015, extrapolando o per�odo da campanha eleitoral.

O caminho da suposta propina ao senador foi tra�ado por meio de planilhas, depoimentos, e mensagens entre os pr�prios agentes respons�veis pela entrega do dinheiro. A Procuradoria identificou datas e endere�os que constavam tanto nos registros de pagamento da Odebrecht, quanto nos documentos do doleiro �lvaro Novis e da transportadora Transnacional. Os documentos citam um endere�o em S�o Paulo atribu�do ao assessor Lourival Nery, que admitiu ter v�nculos com o im�vel, no bairro de Perdizes.

Os funcion�rios da transportadora de dinheiro prestaram depoimento em que n�o apenas reconheceram o local das entregas, mas tamb�m o rosto do assessor - para tanto, foram exibidas nove fotografias de pessoas diferentes, e o funcion�rio marcou um 'x' naquela em que ele reconheceu Lourival.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, KAKAY, QUE DEFENDE CIRO NOGUEIRA

A defesa do Senador Ciro Nogueira estranha a apresenta��o desta Den�ncia, pois a base do inqu�rito � unicamente as dela��es premiadas da Odebrecht. Todas as dela��es dever�o ser analisadas em momento oportuno pelo Supremo Tribunal Federal, que ir� decidir sobre a validade ou n�o de algumas dela��es. Ademais, o pr�prio Supremo Tribunal n�o admite sequer abrir A��o Penal com base somente na palavra dos delatores.