O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quarta-feira, 26, pelas redes sociais, ap�s a divulga��o de que disparou de seu celular pessoal, via aplicativo WhatsApp, v�deo convocando apoiadores a irem �s ruas no dia 15 de mar�o para defend�-lo. Sem citar o v�deo, Bolsonaro diz que "troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada". "Qualquer ila��o fora desse contexto s�o tentativas rasteiras de tumultuar a Rep�blica", afirmou no texto. O presidente n�o nega ter feito os disparos, revelados pela colunista Vera Magalh�es, do jornal O Estado de S. Paulo.
"Tenho 35 milh�es de seguidores em minhas m�dias sociais (Facebook, Instagram, YouTube e Twitter) onde mantenho uma intensa agenda de not�cias n�o divulgadas por parte da imprensa tradicional. J� no Whatsapp tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ila��o fora desse contexto s�o tentativas rasteiras de tumultuar a Rep�blica", disse o presidente.
A convoca��o feita por Bolsonaro para as manifesta��es contra o Congresso gerou rea��es no mundo pol�tico e nas redes sociais na ter�a-feira, 25. "Estamos com uma crise institucional de consequ�ncias grav�ssimas", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Twitter.
O v�deo, em tom dram�tico, mostra a facada que o ent�o candidato � Presid�ncia sofreu em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, para mostrar que Bolsonaro "quase morreu" para defender o Pa�s. Agora, segundo a narrativa, o presidente precisa que as pessoas v�o �s ruas para defend�-lo. Juntamente com o v�deo, Bolsonaro escreve: "- 15 de mar�o/Gen Heleno/Cap Bolsonaro/O Brasil � nosso, n�o dos pol�ticos de sempre".
O presidente j� enviou pelo menos dois v�deos com imagens e sobreposi��o de fotos suas, convocando a popula��o a sair �s ruas no dia 15. Os v�deos t�m trechos id�nticos, como a frase que classifica Bolsonaro como um presidente "crist�o, patriota, capaz, justo e incorrupt�vel".
'Chantagem'
Na semana passada, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), acusou o Congresso de "chantagear" o governo e acabou deflagrando uma crise. Flagrado durante transmiss�o oficial, Heleno afirmou que o governo n�o pode ficar "acuado" pelo Congresso e orientou o presidente a "convocar o povo �s ruas". As declara��es do general causaram rep�dio entre os parlamentares.