Ap�s quatro reuni�es na sede do Minist�rio P�blico do Cear�, a comiss�o formada pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judici�rio do Estado, al�m de representantes dos policiais militares, n�o entrou em acordo para p�r fim � paralisa��o de PMs, que seguem amotinados no 18� Batalh�o, em Fortaleza, h� 11 dias.
Segundo a comiss�o, para dar continuidade �s negocia��es, os PMs exigiram a presen�a do ex-deputado federal Cabo Sabino e da l�der das mulheres dos policiais, identificada como Nina, que participam do movimento, na roda de negocia��es. O pedido foi negado por unanimidade. De acordo com o procurador-geral de Justi�a cearense, Manuel Pinheiro, a justificativa � de que o ex-deputado tem um mandado de pris�o em aberto por ter liderado os motins. "N�s, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici�rio, n�o nos sentimos � vontade de sentar � mesa com uma pessoa nesta condi��o", afirmou Pinheiro.
Um dos pontos discutidos na reuni�o foi a anistia dos policiais militares que participam dos motins. Pinheiro esclareceu que a comiss�o n�o tem o poder de decidir por anistia criminal, mas sim pela anistia administrativa, que tamb�m foi negada. Cada agente responder� apenas pelo crime que cometeu.
Agora, a Ordem do Advogados do Brasil, se��o Cear�, junto com a Defensoria P�blica do Estado, vai se reunir com os PMs no 18� BPM para buscar um novo interlocutor. Ap�s escolha, as negocia��es ser�o retomadas.
Para garantir a seguran�a p�blica do Cear�, 2,8 mil homens do Ex�rcito e da For�a Nacional circulam pelas ruas de Fortaleza, da regi�o metropolitana e do interior.
Nesta sexta-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro decidiu prorrogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Cear� por mais uma semana, at� o dia 6 de mar�o.
A paralisa��o dos PMs fez aumentar a criminalidade em todo o Estado. Os �ltimos dados divulgados pela Secretaria de Seguran�a P�blica confirmam que 170 pessoas foram assassinadas entre a quarta-feira, 19, e a segunda-feira de carnaval. Os motins dos PMs come�aram no �ltimo dia 18 de fevereiro. Ao todo, 230 policiais respondem a processos administrativos e n�o receber�o o sal�rio por 120 dias a partir de fevereiro. Os agentes podem ser expulsos da corpora��o.
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