Maia repete que press�o para fim de isolamento vem de investidores da bolsa

Um dia ap�s o presidente Jair Bolsonaro criticar a quarentena decretada por governadores em rede nacional, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, por duas vezes no mesmo dia, que a press�o para o fim da medida vem de investidores que tiveram perdas na bolsa de valores. Maia tamb�m criticou a falta de planejamento estrat�gico com idosos de baixa renda para a sugest�o de "isolamento vertical" feita pelo governo.

"Minha opini�o � que nas �ltimas semanas n�s tivemos uma press�o muito grande de parte de investidores. Aqueles que colocaram recursos na Bolsa de valores, esperando a prosperidade com a Bolsa a 150 mil pontos, a 180 mil pontos. A Bolsa caiu, como caiu no mundo inteiro, porque essa n�o � uma crise do Brasil, � uma crise mundial que atinge o Brasil", disse.

Segundo ele, desde a sexta-feira, 20, artigos voltados a investidores come�aram a falar da necessidade de n�o ter isolamento. "N�s colocarmos as vidas dos brasileiros em risco por uma press�o de parte de brasileiros que investiram na Bolsa e est� perdendo dinheiro. Quem foi para o risco, foi para o risco. O que a gente precisa � continuar seguindo a orienta��o do Minist�rio da Sa�de", afirmou.

Maia havia feito o mesmo coment�rio hora antes, em teleconfer�ncia com governadores. Ele disse que falta previsibilidade aos brasileiros. "Se o governo j� tivesse resolvido a renda dos brasileiros mais simples, uma pol�tica de isolamento dos idosos nas cidades com maior n�mero de comunidade, Rio e S�o Paulo, se o governo j� tivesse garantido a renda do emprego pelo menos daqueles que ganham at� o teto do INSS, n�s ter�amos garantido previsibilidade." Maia classificou a press�o de equivocada.

Maia questionou ainda a ideia de isolamento vertical, citada ontem por Bolsonaro. "Como voc� prop�e isolamento vertical se n�o tem pol�tica para isolar idosos de baixa renda", afirmou. "N�o h� preocupa��o para esses brasileiros que vivem em ambientes pequenos, com muita gente que, com certeza, saindo para trabalhar, contaminar�o milhares de idosos", disse.