O deputado federal Marcelo Aro (PP-MG), relator da proposta que concede aux�lio aos trabalhadores informais, defendia uma ajuda de, no m�nimo, R$ 500. Na semana passada, o governo chegou a apresentar proposta nos moldes semelhantes, mas de R$ 200. Ontem, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro disse que a ajuda seria de R$ 600, que acabou aprovada ontem � noite pela C�mara.
Antes do aumento do valor, o deputado explicou ao Estado de Minas as bases do projeto. Para justificar a necessidade do aux�lio, ele cita os pacotes anunciados por EUA e Inglaterra para auxiliar as fam�lias afetadas pela COVID-19. “Isso n�o � nada perto do que o mundo est� fazendo”, diz. O impacto da proposta brasileira aos cofres p�blicos seria de, aproximadamente, R$ 37,5 bilh�es.
Qual a import�ncia de uma proposta do tipo em tempos de coronav�rus?
Estamos falando da camada mais vulner�vel da sociedade, que n�o tem carteira assinada ou reservas econ�micas e precisou ir para a casa por conta do coronav�rus. Precisamos dar dinheiro a essas pessoas. Se n�o, eles v�o morrer de fome e viveremos um colapso social.
Em seu relat�rio, o senhor prop�s um aux�lio de R$ 500. Como foi o processo para chegar a tal valor?
� o m�nimo. Em alguns estados, as cestas b�sicas custam, at� mesmo, pouco mais de R$ 500. Se a gente der R$ 200, vai faltar comida na segunda metade do m�s. A�, haver� duas op��es: morrer ou ir �s ruas roubar. N�o tem uma terceira alternativa. Qualquer pessoa, quando perguntada sobre o valor necess�rio para uma fam�lia sobreviver, n�o vai falar em menos de R$ 500. N�o � poss�vel que haja quem pense que uma pessoa possa viver com R$ 200. � hora do governo federal injetar dinheiro na economia.
Em linhas gerais, quem pode se beneficiar do projeto em caso de aprova��o?
� preciso n�o ser titular de algum benef�cio previdenci�rio ou assistencial, cuja a renda mensal, por pessoa, n�o seja superior a meio sal�rio m�nimo ou, ent�o, com renda total abaixo de tr�s sal�rios.