Em meio a apoiadores, Bolsonaro afirma que Pa�s n�o pode parar

Em meio a apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil n�o pode parar por conta da pandemia de covid-19 e que � necess�rio que o governo trabalhe em duas frentes: sa�de e economia. Bolsonaro visitou com�rcios locais em diferentes regi�es do Distrito Federal neste domingo, 29. Foi a padarias, supermercados, postos de gasolina e at� mesmo ao Hospital das For�as Armadas.

Bolsonaro disse que n�o h� como negar que existe um problema em rela��o � propaga��o do coronav�rus, mas que o desemprego tamb�m pode ser uma doen�a. "O povo tem que trabalhar ou a fome vem a�. O desemprego � terr�vel. O Brasil n�o pode parar. O povo tem dito para mim, se � que devemos seguir o povo e eu acho que sim, todo mundo est� pedindo para trabalhar", disse em um a�ougue em Taguatinga, a cerca de 30 km do Pal�cio da Alvorada.

Ele voltou a afirmar que os trabalhadores informais ser�o os mais prejudicados com a crise por conta da propaga��o da doen�a no Pa�s. "S�o 38 milh�es de informais, mas parte consider�vel n�o � que perdeu emprego, n�o tem onde buscar sustento", disse. "Est� chegando ajuda do governo?, vai chegar R$ 600, mas n�o � o suficiente", acrescentou para uma apoiadora que relatou n�o ter comida em casa.

Para populares, Bolsonaro defendeu que sejam tomadas medidas de precau��o contra a doen�a, mas principalmente para idosos e pessoas do grupo de risco.

O presidente afirmou que, nestes casos, "a gripe" pode ser mais grave e ser�o tratados com hidroxicloroquina. O medicamento, que tem sido usado em hospitais brasileiros, ainda n�o tem sua efic�cia comprovada.

Apesar de falar em medidas de precau��o, Bolsonaro n�o seguiu todas as recomenda��es do Minist�rio da Sa�de. O presidente sorriu e brincou todas as vezes em que populares chegaram para cumpriment�-lo com apertos de m�os, mas dizia que "n�o podia". Mas ficou em meio a aglomera��es para tirar fotos e selfies com apoiadores.

A atitude e o discurso de Bolsonaro, aplaudido por populares, vai na contram�o do que � defendido pelo seu ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta.

Como revelou � colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanh�de, durante uma reuni�o nesse s�bado, 28, Mandetta pediu para que Bolsonaro n�o menospreze a gravidade da pandemia em suas manifesta��es p�blicas.