Maia diz que Bolsonaro deveria ter mais cuidado com o que posta no Twitter

O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, deveria ter mais cuidado com o que publica nas redes sociais. Nesta quarta-feira, 1, o chefe do Executivo publicou no Twitter um v�deo de um homem que apontava o desabastecimento na Ceasa de Contagem, regi�o metropolitana de Belo Horizonte, e dizia que "a culpa � dos governadores". O conte�do do v�deo, por�m, foi desmentido pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais que, em nota, informou que o local est� funcionando normalmente.

"Essas informa��es desencontradas podem gerar preocupa��o na sociedade e claro que o Twitter do presidente deveria ter cuidado maior em rela��o ao que posta. Hoje ele n�o � apenas dono de uma conta no Twitter e quando ele fala l�, fala como presidente", disse.

Maia falou ainda sobre as medidas para combater a crise e disse que o melhor caminho seria votar nessa semana um grande pacote, a exemplo dos demais pa�ses. "Atendendo a todos segmentos da sociedade em um grande pacote, isso ajudaria tirar press�o grande que o parlamento vem sofrendo de muitas ideias que vem de forma solta de segmentos da sociedade", disse.

O deputado afirmou ainda que, apesar dos an�ncios de novas medidas, feito hoje pelo governo, o projeto da C�mara sobre a complementa��o a garantia de valores dos fundos de participa��o de munic�pios e Estados segue de p�. O texto � de autoria do l�der do DEM, Efraim Filho (PB).

Maia voltou a ressaltar a necessidade da PEC do Or�amento de Guerra e disse que a proposta foi constru�da em di�logo com o presidente do Banco Central e economistas que passaram pelo banco. Ele disse ainda que h� uma demanda a ser analisada ainda para que o texto permita que o BC possa comprar t�tulos p�blicos.

"Estamos dialogando com os bancos p�blicos para ver que condi��es podem ajudar as empresas, BNDES est� um pouco travado demais", afirmou. Para ele, ainda s�o necess�rias outras medidas para socorrer o setor privado. "No setor a�reo nada de muito importante foi feito at� agora", disse.

Para ele, a recupera��o da economia ser� maior ou menor dependendo da a capacidade do Pa�s de enfrentar o v�rus. Com isso, ele lembrou que h� falta de equipamentos para combater a doen�a no Pa�s e disse que o setor privado pode contribuir para vencer essa escassez. "Muita ind�stria pode mudar sua linha de produ��o para fazer esses equipamentos (como respiradores)", disse.