A for�a-tarefa denunciou nesta segunda, 27, o ex-gerente do Banco do Brasil, Jos� Aparecido Augusto Eiras, e os doleiros Raul Henrique Srour e Carlos Arturo Mallorquin Junior pela lavagem de mais de R$ 9 milh�es entre 2011 e 2014. O trio � acusado de organiza��o criminosa, corrup��o, lavagem de dinheiro e gest�o fraudulenta de institui��o financeira.
Eiras e Carlos Arturo foram alvos da "Alerta M�nimo", 66� etapa da Lava Jato desencadeada em setembro de 2019. Na ocasi�o, a Pol�cia Federal afirmou que os investigados teriam atuado para empresas que tinham contratos com a Petrobr�s e precisavam de dinheiro em esp�cie para pagar propinas a agentes p�blicos. Srour tamb�m foi citado na decis�o que deflagrou a opera��o e foi assinada pela ju�za Gabriela Hardt, da 13� Vara Federal de Curitiba.
Segundo o Minist�rio P�blico Federal, os doleiros "cooptaram" o ent�o gerente do Banco do Brasil, Jos� Eiras, para que viabilizasse a abertura e a movimenta��o de contas banc�rias em nome de empresas de fachada, assegurando que as opera��es de lavagem realizadas em tais contas n�o fossem notificadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras - Coaf.
An�lises das contas banc�rias e e-mails, indicam que Srour e Arturo efetuaram pagamentos de pelo menos R$ 551.334,00 ao ent�o gerente do Banco em raz�o do esquema criminoso, apontam os investigadores. A Procuradoria indica que os pagamentos foram comprovados por meio de transfer�ncias banc�rias feitas das contas controladas pelos doleiros para contas de Eiras, planilhas de controle e conversas dos doleiros com 'expressa refer�ncia' a pagamentos efetuados ao gerente.
Al�m de auxiliar os doleiros enquanto era gerente, Eiras tamb�m utilizou a empresa CRG Servi�os de Assessoria de Cr�dito de Cobran�a Ltda, constitu�da em nome de seus parentes, para "facilitar uma s�rie de opera��es de lavagem de dinheiro em benef�cio da organiza��o criminosa", diz o Minist�rio P�blico Federal.
Os procuradores tamb�m afirmaram que, Eiras, na condi��o de gerente, firmou, pelo Banco do Brasil, "at�pico" Termo de Compromisso no qual uma empresa controlada pelo doleiro Srour, a Districash, se comprometia a fazer dep�sitos em esp�cie em determinadas ag�ncias do Banco, al�m de efetuar compras peri�dicas e regulares de t�tulos de capitaliza��o. A empresa dos parentes de Eira subscreveu o Termo como garantidora da companhia de Srour.
Auditoria interna do Banco do Brasil concluiu que, por meio desse Termo de Compromisso, a Districash utilizava envelopes amarelos padronizados de uso exclusivo do Banco. Muitos desses envelopes, ainda lacrados, eram repassados no mesmo dia a outras empresas ligadas a diferentes grupos informais, sem que o numer�rio fosse conferido, "conduta que viola frontalmente as regras de preven��o e combate � lavagem de dinheiro", diz o MPF em nota.
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