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Estado de Minas VELHO FILME

'Cala a boca': Bolsonaro repete fala de general da ditadura

Em 1983, militar Newton Cruz se irritou com rep�rter, e assim como o presidente, ordenou que profissional se calasse


postado em 05/05/2020 15:01 / atualizado em 05/05/2020 17:19

Newton Cruz chefiou, durante o regime militar, o Serviço Nacional de Informações (SNI), (foto: Ohomi/CB/D.A Press - 24/4/84)
Newton Cruz chefiou, durante o regime militar, o Servi�o Nacional de Informa��es (SNI), (foto: Ohomi/CB/D.A Press - 24/4/84)
Ao ser questionado por jornalistas, nesta ter�a-feira, sobre a troca do superintendente da Pol�cia Federal no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se descontrolou, chamou de “patifaria” uma reportagem da Folha de S. Paulo que atribu�a a substitui��o ao presidente e, por duas vezes, mandou os profissionais de imprensa “calarem a boca”. Uma cena semelhante foi vista em 1983, durante a ditadura militar, quando o general Newton Cruz classificou como “falsidades” as mat�rias que detalhavam o estado de emerg�ncia decretado pelo governo brasileiro � �poca. Visivelmente alterado, o militar ordenou que um rep�rter calasse a boca, deu um empurr�o no jornalista e exigiu um pedido de desculpas.



Irritado, Newton Cruz negava que o estado de s�tio fosse um retrocesso. A medida foi declarada pelo presidente Jo�o Figueiredo pouco antes da vota��o da Emenda Dante de Oliveira, que visava retomar o processo de elei��o direta ao Pal�cio do Planalto. As imagens est�o presentes no document�rio C�u Aberto, do cineasta Jo�o Batista de Andrade.

Quando o jornalista Hon�rio Dantas, da R�dio Planalto, indaga sobre o estado de emerg�ncia, o general responde de modo furtivo, dizendo que o profissional n�o sofreu nenhum tipo de agress�o enquanto vigorava a situa��o de exce��o. Dantas, ent�o, tenta fazer um novo questionamento, mas Cruz se altera.

Ao pedir para continuar respondendo, Newton Cruz recebe o consentimento de Dantas. “Ent�o cale a boca”, diz, de modo grosseiro, o general. Em protesto, o jornalista desliga o microfone. “Desliga essa droga, ent�o”, continua, furiosamente, o militar, dando um empurr�o no rep�rter.

“Como rep�rter da R�dio Planalto, me sinto honrado em levar um empurr�o do general”, comenta o profissional, enquanto deixa o local da entrevista. A partir, da�, outros militares v�o ao encontro de Dantas, que � obrigado se dirigir ao general e pedir desculpas pelo ato.

‘Patifaria’

Nessa segunda-feira, o novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, mexeu no comando da corpora��o no Rio de Janeiro. Bolsonaro, no entanto, negou ter pedido a troca e, mais uma vez, voltou a disparar contra a Folha.

"� uma manchete canalha e mentirosa e voc�s da m�dia, tenham vergonha cara. A grande parte publica patifaria”, acusou.

Rep�rteres d’O Estado de S. Paulo seguiram questionando o presidente sobre uma poss�vel interfer�ncia do chefe do Executivo no comando da Pol�cia Federal no Rio. "Cala a boca, n�o perguntei nada", gritou, em resposta.

Segundo o presidente, Carlos Henrique Oliveira, ex-superintendente, passar� a ocupar a diretoria-executiva da Pol�cia Federal. "O atual superintendente do Rio de Janeiro, que o Moro disse que eu quero trocar por quest�es familiares... N�o tem nenhum parente meu investigado pela PF, nem eu, nem meus filhos. Zero. � uma mentira que a imprensa replica o tempo todo, dizer que meus filhos querem trocar o superintendente", alegou.


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