Bolsonaro reconduz Marun e Aleluia para o conselho da Itaipu

O presidente Jair Bolsonaro reconduziu Carlos Marun, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da gest�o Temer (MDB), e o deputado Jos� Carlos Aleluia (DEM), parlamentar citado na dela��o da Odebrecht, ao Conselho de Administra��o da Itaipu Binacional. As nomea��es foram publicadas no Di�rio Oficial nesta sexta, 15, assinadas por Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, que tamb�m foi conduzido ao conselho, ele pela primeira vez. Os mandatos v�o at� maio de 2024.

O Conselho de Administra��o da Itaipu Binacional � composto de 14 integrantes, sendo sete de cada pa�s - seis conselheiros e um representante do Minist�rio de Rela��es Exteriores. Tamb�m foram reconduzidos ao colegiado Pedro Miguel da Costa e Silva, C�lio Faria J�nior e Wilson Pinto Ferreira J�nior, presidente da Eletrobras.

Marun chegou ao conselho por indica��o feita pelo ex-presidente Michel Temer no �ltimo dia de seu mandato. Ele chegou a ser afastado do cargo em mar�o por liminar do desembargador Rogerio Favreto, mas em setembro o Tribunal Regional Federal da 4� Regi�o acabou suspendendo a decis�o e liberando sua perman�ncia no colegiado.

O ex-deputado pelo MDB foi quem comemorou com dan�a o resultado da vota��o do parecer pela rejei��o de den�ncia contra Temer no plen�rio da C�mara dos Deputados. Em v�deo, Marun disse que 'surrou' a oposi��o ao adaptar letra da m�sica Tudo Est� no Seu Lugar, sucesso na voz do cantor Benito de Paula.

Advogado, Marun tamb�m foi ao encontro de Temer nas duas vezes que o ex-presidente foi preso no �mbito da Opera��o Descontamina��o, desdobramento da Lava Jato.

Marun tamb�m � aliado do ex-deputado Eduardo Cunha, tendo o visitado na pris�o da Lava Jato no fim de 2016. Depois teve que devolver � C�mara R$ 1.242,62 que gastou para fazer uma 'visita natalina' ao amigo.

J� o outro nome reconduzido por Bolsonaro ao conselho da Itaipu, Aleluia, foi citado na dela��o da Odebrecht. Documento produzido pelo Minist�rio P�blico Federal em 2018 apontou que relat�rios com dados extra�dos do sistema do Setor de Opera��es Estruturadas da empreiteira revelavam evid�ncias de suposto pagamento de R$ 300 mil ao deputado.

Anexado ao inqu�rito que investiga o parlamentar no Supremo Tribunal Federal (STF), o documento indicava que o pagamento ocorreu no dia 17 de setembro de 2010, em favor do codinome 'Missa', que, segundo executivos da empreiteira, identifica Aleluia.

� �poca, o parlamentar reagiu enfaticamente. "N�o houve absolutamente nenhum pagamento. As evid�ncias que t�m s�o de que o dinheiro teve outro destino, porque inclusive a �poca � incompat�vel, eu estava com a elei��o perdida".