MP mant�m inqu�rito sobre bens de Fl�vio Bolsonaro

Embora a Pol�cia Federal (PF) do Rio de Janeiro tenha pedido o arquivamento de um inqu�rito que apura se o senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ) mentiu ao declarar im�veis nas �ltimas elei��es, o Minist�rio P�blico Eleitoral decidiu que vai continuar com a investiga��o de suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica eleitoral.

Al�m disso, o caso, que est� nas m�os da 204� Promotoria Eleitoral do Rio de Janeiro, passa a receber o aux�lio do Grupo de Atua��o Especializada no Combate � Corrup��o (Gaecc), o mesmo que investiga o suposto esquema de rachadinha (quando servidores devolvem aos pol�ticos parte dos seus sal�rios) no antigo gabinete de Fl�vio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em mar�o, a PF havia pedido o arquivamento do inqu�rito, mas a Promotoria n�o concordou e solicitou ajuda ao Gaecc. Isso porque as duas investiga��es podem se cruzar, j� que o inqu�rito eleitoral apura se o senador mentiu ao declarar seu patrim�nio nas �ltimas elei��es de que participou.

A informa��o a respeito da manuten��o do inqu�rito foi noticiada pelo jornal O Globo e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"O Grupo de Atua��o Especializada no Combate � Corrup��o do MPRJ (GAECC/MPRJ) confirma que passou a atuar no caso a partir de aux�lio solicitado pela 204� Promotoria Eleitoral e que est� analisando o inqu�rito para ado��o das medidas cab�veis", informou o Minist�rio P�blico, por meio de nota.

Rachadinha

A investiga��o do Gaecc sobre o esquema de rachadinha est� em est�gio mais avan�ado. H� mais de um ano, em abril de 2019, os promotores conseguiram autoriza��o da Justi�a para fazer as primeiras quebras de sigilo banc�rio e fiscal dos investigados. Depois, em dezembro, chegaram a cumprir mandados de busca e apreens�o.

O juiz que autorizou as medidas cautelares, Fl�vio Itabaiana Nicolau, � o mesmo em cujas m�os est� a fun��o de decidir sobre o que for produzido no inqu�rito eleitoral.

O esquema investigado teria o ex-assessor Fabr�cio Queiroz como operador financeiro. Homem de confian�a da fam�lia Bolsonaro, ele seria o respons�vel por receber de volta parte do sal�rio dos funcion�rios do gabinete de Fl�vio. O senador nega todas as acusa��es de irregularidades. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.