'A verdade foi dita, exposta em v�deo', afirma Moro ap�s divulga��o de reuni�o

O ex-ministro S�rgio Moro afirmou em redes sociais que a "verdade foi dita, exposta em v�deo" ap�s o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, liberar a grava��o ministerial do dia 22 de abril. As imagens s�o consideradas pe�as-chave no inqu�rito que apura suposta interfer�ncia do presidente na Pol�cia Federal.

"A verdade foi dita, exposta em v�deo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demiss�o do Diretor Geral da PF e a troca na superintend�ncia do RJ. Quanto a outros temas exibidos no v�deo, cada um pode fazer a sua avalia��o", escreveu Moro.

Em nota, a defesa do ex-ministro S�rgio Moro afirmou que 'recebeu com respeito e serenidade' a decis�o do decano. "A decis�o possibilita �s autoridades e � sociedade civil constatar a veracidade das afirma��es do ex-ministro em seu pronunciamento de sa�da do governo e em seu depoimento � Pol�cia Federal, em 2 de maio".

"A decis�o do Ministro Celso de Mello ressalta o avan�o democr�tico brasileiro, coibindo qualquer tipo de arroubo autorit�rio e reafirmando a soberania da lei e dos valores da Constitui��o Cidad�", disse o criminalista Rodrigo S�nchez Rios, que defende Moro.

Entre amea�as, ofensas e palavr�es, as imagens mostram Bolsonaro cobrando mudan�as no governo e fazendo press�o sobre Moro e os demais auxiliares sob a alega��o de que n�o vai esperar "foder a minha fam�lia toda".

"Mas � a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha fam�lia. J� tentei trocar gente da seguran�a nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e n�o consegui! E isso acabou. Eu n�o vou esperar foder a minha fam�lia toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu n�o posso trocar algu�m da seguran�a na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se n�o puder trocar, troca o chefe dele! N�o pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! N�o estamos aqui pra brincadeira", disse Bolsonaro.

O presidente alega que se referia � sua seguran�a pessoal, que � feita pelo Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), e n�o pela PF. De acordo com a transcri��o feita pela PF, o ministro do GSI, Augusto Heleno, n�o fez nenhuma interven��o nesse momento. Uma reportagem do Jornal Nacional, veiculada semana passada, mostrou que o presidente fez altera��es - e at� promoveu servidores - em sua seguran�a pessoal semanas antes da reuni�o sem qualquer dificuldade.

Moro, por sua vez, alega que a reuni�o seria uma prova da movimenta��o pol�tica de Bolsonaro para interferir na corpora��o. O ex-ministro tamb�m entregou aos investigadores trocas de mensagens no celular.