Depois de agentes da Pol�cia Federal (PF) terem cumprido mandados de busca e apreens�o em suas resid�ncias, o governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou nesta ter�a-feira que a opera��o comprova a interfer�ncia do presidente Jair Bolsonaro no �rg�o. "A interfer�ncia anunciada pelo presidente da Rep�blica est� devidamente oficializada", disse, em nota, o mandat�rio fluminense.
O que se sabe at� aqui sobre oprea��o da PF na resid�ncia oficial do governador do Rio
A acusa��o foi feita num contexto em que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), por exemplo, deu a entender que sabia que a PF preparava opera��es contra governadores. "Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos �ltimos dias uma opera��o da Pol�cia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a constru��o de uma narrativa que jamais se confirmar�", apontou Witzel.
O governador foi alvo da opera��o Placebo, que cumpriu 12 mandados nesta manh� - incluindo buscas no Pal�cio Laranjeiras, resid�ncia oficial do governador, sua casa pessoal, o escrit�rio de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, e o Pal�cio Guanabara, onde ele despacha. O foco s�o desvios em contratos na Sa�de durante a pandemia do novo coronav�rus - que j� levaram dois ex-subsecret�rios executivos e outras tr�s pessoas � pris�o.
Witzel negou que tenha qualquer envolvimento com os atos de corrup��o. "N�o h� absolutamente nenhuma participa��o ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas quest�es que envolvem as den�ncias apresentadas pelo Minist�rio P�blico Federal", alegou. "Estou � disposi��o da Justi�a, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justi�a para que se apure rapidamente os fatos. N�o abandonarei meus princ�pios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro."
Em entrevista exclusiva ao Estad�o no final de abril, no dia da demiss�o do ex-ministro Sergio Moro, Witzel j� havia comentado que, enquanto desafeto de Bolsonaro, "n�o se sente seguro" com poss�veis interfer�ncias do presidente na PF.